O Mosteiro São Bento, em Brasília, está em festa. Paulo Henrique Amorim, empregado da TV do bispo Edir Macedo e editor do blog Conversa Afiada, pagou a primeira das seis parcelas da indenização devida ao colega da Globo por tê-lo injuriado com ofensas racistas. PHA chamou Heraldo de “negro de alma branca” e disse que ele não tinha méritos para estar no Jornal Nacional além de negro e de família humilde.
Para encerrar o processo e evitar a condenação iminente, PHA propôs um acordo de conciliação que também previa a publicação de retratações no Conversa Afiada e nos jornais Folha de São Paulo e Correio Braziliense. Como o jornalista contrabandeou comentários em sua página eletrônica e apresentou a retração como “conciliação”, advogados de Heraldo pediram a execução da sentença e a republicação em dobro. Na Folha, o texto saiu como deveria porque o jornal não aceitou os enxertos na retratação. Ainda assim, foi publicado com um dia de atraso.
A indenização acertada para encerrar a lide foi de R$ 30 mil. Heraldo destinou o dinheiro ao Mosteiro São Bento de Brasília. No total, serão seis parcelas mensais de R$ 5 mil cada. Embora Paulo Henrique Amorim se preste ao serviço de porta-voz da Igreja Universal na TV Record, a indenização será aplicada em obras assistenciais da Igreja Católica.
A vitória sobre PHA e a confirmação do pagamento da indenização foram comemorados por Heraldo e seus advogados com um almoço no restaurante Piantella, em Brasília.
PHA também recebeu dinheiro do governo do RS
O montante devido pelo apresentador do Domingo Espetacular é pouco superior ao valor recebido por PHA do Governo do Rio Grande do Sul. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social do Palácio Piratini, o Conversa Afiada recebeu R$ 27 mil para veicular, durante 20 dias, a campanha de lançamento do Gabinente Digital do governo gaúcho.
A execução da campanha custou R$ R$ 91.757,58, segundo correspondência enviada pela secretária Vera Spolidoro ao Blog do Pannunzio. O valor destinado ao Conversa Afiada equivaleu a 30% do total. Outros dezesseis blogues que se identificam como “progressistas” foram contratados. Todos os demais receberam um quinhão menor.