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Erenice diz que nunca foi ao gabinete de Lina

Da Folha de São Paulo

A secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, negou ontem, por meio de nota, ter ido ao gabinete da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira para convidá-la para uma reunião reservada com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no Palácio do Planalto.

A nota diz que Erenice “jamais esteve no gabinete de trabalho da ex-secretária”.

A declaração da secretária-executiva veio em resposta à chefe de gabinete da secretaria da Receita, Iraneth Weiler, que corroborou a versão de Lina.

Iraneth afirmou que Erenice procurou a então secretária da Receita no final de 2008, numa visita inesperada e, portanto, fora da agenda. “Eu confirmo que ela [Erenice] esteve aqui e que a secretária falou que iria ao Palácio”, afirmou Iraneth.

Em entrevista publicada no domingo passado, Lina disse que Dilma lhe pediu para “agilizar” auditoria do órgão nas empresas da família Sarney, o que ela entendeu como recado para encerrar a fiscalização.

Assim como a ministra, Erenice não só negou o encontro como desafiou Iraneth a informar o dia da reunião.

“A sra. Iraneth Weiler está equivocada sobre a data em que disse ter visto a secretária-executiva da Casa Civil na Receita Federal, uma vez que Erenice Guerra está segura de não haver comparecido à Receita Federal no período afirmado”, disse em nota a Casa Civil.

Erenice reconheceu apenas uma ida à sede do fisco, no dia 19 de maio deste ano, em um evento no qual estavam presentes o ministro Guido Mantega (Fazenda) e assessores da própria Receita. Ela não informou o tema abordado.

À Folha, Iraneth disse que, além da visita do ano passado, Erenice tinha estado também na Receita neste ano.

Informações

Para esclarecer se houve ou não o encontro de Lina com a ministra Dilma, o DEM pediu ontem informações oficiais à Casa Civil. O partido solicitou as gravações do circuito interno de TV do Planalto.

O líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), pediu ainda cópia da relação dos veículos que entraram na garagem do Planalto entre novembro e dezembro de 2008 e que seja informado se existe um controle paralelo dos encontros da ministra não divulgados na agenda oficial. A Casa Civil tem 30 dias para se manifestar.

O líder do PTB, senador Gim Argello (DF), que é próximo à ministra, afirmou ontem que, “se ela não pediu algo para Lina, não foi nada de errado”. Questionado se isso significava mudança na versão de que o encontro não ocorreu, afirmou: “Vamos deixar evoluir”.

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