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Gurgel não cita suposto pedido da PF em sua resposta à CPI

FELIPE SELIGMAN E ANDREZA MATAIS

Em resposta enviada ontem à CPI do Cachoeira, o procurador-geral Roberto Gurgel disse que foi ele quem tomou a decisão de suspender, em setembro de 2009, investigação da Polícia Federal sobre o empresário Carlos Augusto Ramos que indicava a suposta ligação criminosa entre Cachoeira e o senador Demóstenes Queiroz (ex-DEM-GO).

A resposta não faz menção à versão apresentada pela subprocuradora-geral e sua mulher, Cláudia Sampaio, à Folha, segundo a qual a investigação, chamada de Operação Vegas, foi suspensa a pedido dos delegados da PF que atuavam no caso.

Com isso, disse ela, os policiais queriam evitar que os investigados soubessem que eram monitorados. Assim, a PF poderia continuar na investigação, que, afirmou Sampaio, acabou desembocando em outra operação, a Monte Carlo -a qual, por sua vez, levou à prisão de Cachoeira e à criação da CPI.

As alegações de Sampaio deflagraram um mal-estar entre a Procuradoria e a PF, que chegou a divulgar nota dizendo que os delegados nunca fizeram tal pedido. Eles afirmam que a Monte Carlo não tem relação com a Vegas.

No documento, Gurgel diz, sem citar pedido nenhum: “Decidi sobrestar [suspender] o inquérito no intuito de possibilitar a retomada das interceptações telefônicas e da investigação, que, a toda evidência, se afigurava extremamente promissora”.

Ele diz que, cerca de um ano e cinco meses depois de paralisar a Vegas, foi avisado que a investigação contra Cachoeira “continuava”. Neste momento, a Monte Carlo já estava acontecendo.

Beba na fonte: Folha de S.Paulo – Poder – Gurgel não cita suposto pedido da PF em sua resposta à CPI – 24/05/2012.

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