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Quem financia a campanha das centrais sindicais a favor dos mensaleiros ? Você !

As duas maiores centrais sindicais — CUT e Força Sindical — prometem mobilizar suas “bases” para pressionar o STF a absolver os mensaleiros. O engajamento, anunciado pela CUT, logo foi seguido pela Força Sindical, como noticiou o blog nesta terça-feira.

Pergunto: quem financia a campanha pela impunidade da quadrilha do Mensalão? Respondo: você, com o que lhe é descontado do salário a título de pagamento da contribuição sindical equivalente a um dia de trabalho por ano.

A quase totalidade do dinheiro arrecadado na marra dos trabalhadores para manter a paquidérmica organização sindical brasileira vem daí. 60% do que é arrecadado vão para os sindicatos; federações e confederações ficam com outros 20%; as centrais sindicais recebem 10%. Não é pouca coisa. Só no ano passado, a CUT recebeu quase R$ 32 milhões; a Força Sindical ficou com R$ 29 milhões.

Por obra e graça do companheiro Lula, que regulamentou as centrais sindicais em 2008, essas organizações receberam o beneplácito da imunidade. Foram desobrigadas de prestar contas da aplicação dos recursos inclusive ao Tribunal de Contas da União. A rigor, podem fazer o que quiserem coma dinheirama — inclusive prover meios para a arregimentação de uma massa-de-manobra para ressionar o Poder Judiciário a absolver criminosos.

Dilma Rousseff, que tem sido mais dura com as centrais do que seu criador, ainda assim foi extremamente cordata com relação à fiscalização. Ao sancionar a Lei de Acesso à Informação, que obrigou sindicatos a prestar contas da fração que recebem da contribuição sindical, manteve a imunidade das centrais sindicais.

Hoje, portanto, elas gozam de um privilégio que não é dado a nenhum outro segmento da economia ou da política. Ninguém sabe, a rigor, e não existem instrumentos legais que permitam saber, o que é feito do donheiro arrancado na marra do trabalhador e destinado pelo governo a essas organizações.

Certo mesmo é que pelo menos uma parte dele vai financiar atividades como a reabilitação de Delúbio Soares, cuja volta da proscrição foi marcada por um regabofe custeado pela pelegada cutista. Não satisfeitos em transformar a entidade numa trincheira partidária — o que é compreensível, dada a imbricação histórica entre o partido e a central — os novos pelegos agora se dispõe a fazer o papel de reabilitadores de deliquentes caídos.

E tudo isso às suas custas.

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