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Sexta-feira 13, gabinete 13

Wilder Pedro de Morais tomou posse numa sexta-feira 13 do gabinete número 13.

Para os crédulos, a junção da data com o número é um sinal claro de mau-agouro.

Os sinais do infortúnio que aguarda o novo senador goiano já se fazem sentir. Eis aí detalhes das conversas insidiosas entre Carlinhos Cachoeira e seu antecessor na posse da musa da CPI, Andressa Cachoeira.

Recorra-se, no entanto, à história da vizinhança. Num dia menos carregado de simbolismos, 17 de julho de 2007, tomou posse um suplente chamado Gim Argello. Ocupou a vaga de Joaquim Roriz, que se apressou em renunciar para evitar a cassação.

Gim foi saudado com um discurso duríssimo pelo então senador Arthur Virgílio. Cobrava dele os malfeitos transformados em acusações pelo Ministério Público.

Mas, contrariando todas as previsões, o suplente de Roriz foi ficando, ficando… Ficou mais poderoso do que nunca. Aliou-se a outros iguais — Fernando Collor, por exemplo — e seguiu em frente. Virou vizinho de uma ministra de quem se tornou amigo e companheiro de caminhadas. A ministra virou presidente da República.

E Gim Argello segue tranquilamente sua caminhada em direção à fortuna, sem que ninguém mais lhe cobre a folha corrida. Hoje, é um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. Manda e desmanda em agências governamentais, articula-se, nomeia e desnomeia no governo.

A julgar pelo que aconteceu ao senador candango, Wilder Pedro não tem com o que se preocupar. A sorte sempre sorri para quem assume mal-afamado a vaga aberta pela saída de um malfeitor.

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