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Culpa do caso Palocci deve recair sobre o ex-presidente da Caixa

O relator do caso Palocci no Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, leu voto favorável ao indiciamento do ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso, pelo episódio da quebra do sigilo bancário do “simples” caseiro Francenildo. Na falta da mãe, a culpa deve recair sobre o mordomo. O agora deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) e o jornalista Marcelo Netto ficariam livres, pelo voto de Mendes, de processo pela quebra do sigilo e pelo vazamento do extrato bancário à revista Época.

Eros Grau e Ricardo Lewandowski concordaram com Gilmar. A ministra Carmem Lúcia foi em sentido contrário e votou pelo indiciamento de Palocci, acompanhada até o momento por Carlos Ayres Britto. Marco Aurélio Mello, desde o início do julgamento, já deixou claro que também não vai aliviar. Faltam ainda Ellen Gracie, Celso de Mello e Cezar Peluso. Dos três, Palocci precisa ser absolvido por pelo menos dois para escapar da forca.

A decisão de Mendes, se confirmada, é uma saída pela tangente da corte. Livrando Palocci, o caso desce para uma vara federal do DF. Assim, dificilmente será julgado em todas as instâncias antes que a acusação prescreva. O presidente da Caixa não tem motivos para se preocupar. E a opinião pública, seria parcialmente saciada, com o indiciamento de pelo menos um dos envolvidos no episódio.

Para o Ministério Público, há indícios claros de delito cometido por Antônio Palocci. Sentado na primeira fila do plenário, o caseiro Francenildo não se manifesta. Depois do episódio, nunca mais foi empregado.

A trinca de advogados que defende Palocci, Mattoso e Netto, José Roberto Batocchio, Alberto Toron e Luiz Eduardo Roriz, respectivamente, está sentada a três cadeiras de Francenildo. Durante o julgamento, chegaram a comungar de um mesmo frasco de álcool em gel, daqueles com Aloe Vera. Logo ao lado, o “simples” caseiro, como o definiu Lula, cruza as pernas. Não usa meias.

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