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Segurança Pública e a política do extermínio em SP: chamem a Força Nacional!

Não se deve debitar o saldo trágico da atuação da PM exclusivamente aos policiais envolvidos nas operações de exetermínio, como tentou fazer o comando da corporação. A mortalidde, como deixa clara a múltipla ocorrência de eventos semelhantes, é produto de uma política de Estado — a política de extermínio que vem sendo levada a efeito pelo governo Geraldo Alkmin.

Nas últimas 48 horas, pelo menos três pessoas foram executadas de maneira covarde por policiais que confundem celulares com armas de fogo, fazem diligências fora de sua jurisdição e abusam do direito de exercer a violência legítima em nome da proteção da sociedade. Os crimes ocorridos nos últimos dias expõem de maneira clara e contundente que quem está na mira da PM não são apenas os bandidos — são também cidadãos sem passado criminal, de vida correta, sem nenhum envolvimento com bandidos.

A insegurança que assalta São Paulo há dois meses é produto do aumento da tensão provocado pelo uso da violência extrema pela polícia. Foi a execução de um suposto membro do PCC pela ROTA no bairro da Penha que iniciou a guerra no dia 29 de maio. O tráfico respondeu com ações típicas do terrorismo  sicário. Oito policiais foram mortos em horário de folga ou em bicos, longe do abrigo dos quartéis. Tensa e amedrontada, a corporação aderiu à lógica do crime organizado: passou a assassinar todos os que julga “suspeitos”. Mesmo que a suspeição seja motivada pelo porte de um telefone celular.

Está claro que o governo atual não tem competência e nem disposição para enfrentar suas próprias mazelas. Ao invés de disciplinar a tropa, libera o assassinato indiscriminado e o justifica como “tecnicamente correto”, cometido no “estrito cumprimento do dever”. E depois ainda tem o desplante de mandar um oficial subalterno pedir desculpas aos parentes dos mortos, como se fosse possíel obter o perdão pelo fim injustificado de uma vida.

O próprio governador aparece em público para prometer uma indenização, como se o luto, a orfandade e a viuvez admitissem uma compensação financiera oferecida pelo  chefe dos algozes. Não há reparação possível para isso.

O blog vem alertando para o descontrole e a política de extermínio da Secretaria de Segurança Pública há muito tempo. Como as arbitrariedades só fizeram aumentar nas últimas semanas, talvez seja o momento de começar a cogitar uma intervenção federal para repor a ordem pública.

Em outros rincões do crime organizado, o recurso à Força Nacional conseguiu repor a tranquilidade, ainda que momentaneamente, à população aflita. O Rio de Janeiro e o entorno do Distrito Federal bem sabem o que isso representa.

Agora talvez tenha chegado a vez de São Paulo experimentar a humilhação de decretar suas própria incompetência na lida com a segurança pública.

 

 

 

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