O senador democrata Heráclito Fortes (PI) fazia mais um discurso na tribuna do plenário. De repente, foi aparteado pelo colega Eduardo Suplicy (PT-SP), que recentemente travou uma quebra de braço sem precedentes com o piauiense.
O motivo, para quem não se lembra, foi o cartão vermelho que Suplicy deu para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e que simbolizava a expulsão do parlamentar de campo.
A exaltação fez com que o petista saísse distribuindo cartões para diversos outros parlamentares, como se fosse o juiz máximo do campo de futebol instalado no plenário. E sobrou inclusive para Heráclito.
Pois bem, uma semana depois do “embate”, os dois voltaram a trocar palavras em apartes. E Suplicy não perdeu a oportunidade e voltou a comentar a enquete que lançou em sua página na internet após o fatídico dia do barraco.
A pergunta era simples: Você concorda com o pedido de renúncia do senador Sarney da presidência do Senado feito pelo senador Suplicy, diferentemente da orientação do presidente do PT Ricardo Berzoini?
A parcial até agora, segundo Suplicy, aponta SIM para 91% dos votantes, 77% deles compostos por não filiados ao partido.
Depois do aparte, ouvido com atenção por Heráclito, veio o comentário do parlamentar: “O Berzoini, aqui pra nós, é um chato”, afirmou o democrata ao perguntar se o presidente do PT já havia voltado a apertar a mão de Suplicy.
É que também na semana passada, o petista passou por um constrangimento na Câmara dos Deputados. Suplicy cumprimentou diversos políticos e foi ao encontro de Berzoini, que simplesmente fingiu não tê-lo visto e o deixou no vácuo.
“O que ele fez foi uma grosseria terrível”, apontou Heráclito. “Eu já iria colocar [o Berzoini] no hall dos chatos”.