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A injusta queda do IBOPE de Dilma Rousseff

O IBOPE registrou, pela primeira vez desde o início do governo, uma queda expressiva nos índices de popularidade da presidente Dilma Rousseff em algumas metrópoles importantes. Em São Paulo e em Curitiba, a regressão  ficou  entre 10 e 14 por cento. Não se sabe o que contribuiu para isso — se as greves ou o pessimismo que se estabeleceu quando a crise econômica global começou a dar sinais de que o Brasil não está imune a seus efeitos.

Ninguém vai brigar com o eleitor ou sobrepujar sua soberania para avaliar o desempenho de governantes. Mas há uma flagrante injustiça na nota que a presidente recebeu.

Discreta, avessa ao palanque, Dilma tem se esforçado para acertar — e tem acertado muito, a despeito dos erros que também tem cometido. Graças a ela o governo federal conseguiu se desvincular do Mensalão, permanece equidistante das eleições municipais e vai tocando com competência a gestão da economia.

A presidente mandou para o lixo o ideário retrógrado antiprivatista do núcleo de poder de seu próprio partido ao anunciar um ambicioso programa de soerguimento da malha ferroviária e de recuperação das rodovias. Já não era sem tempo. E tem adotado uma postura democrática e realista, feito um exercício de paciência, ao enfrentar os sindicalistas oportunistas que o governo Lula engordou com benesses e verbas a rodo.

Tudo isso evidencia que houve um câmbio positivo entre o governo passado e este. Se fosse só por isso, para demolir os vícios da administração de Lula, sua performance já deveria receber uma menção positiva.

Pena que o eleitor, ao que indica o IBOPE, não encontre virtude nisso.

Se assim fosse, a presidente certamente não estaria experimentando esse momento de inflexão em sua avaliação.

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