A senadora licenciada Patrícia Saboya (PDT-CE) foi constrangida hoje no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, na Itália.
Cerca de dez policiais a detiveram junto com uma amiga e revistaram todas as bagagens. A abordagem aconteceu logo depois que elas passaram pela alfândega, quando as duas basicamente se preparavam para deixar o aeroporto.
Segundo Patrícia, ela chegou a afirmar que era senadora da República, mas nada adiantou.
Um policial teria dito que na Itália só se abre exceção e se dá tratamento diferenciado para embaixadores.
E foi aí que o barraco e a confusão começaram.
A senadora ligou para o gabinete do Ministério de Relações Exteriores no Brasil e chegou a falar com o embaixador brasileiro no país. Considerou o fato um absurdo e um desrespeito à mulher brasileira.
Depois do sufoco e de muito estardalhaço, Patrícia e a amiga tiveram os passaportes devolvidos e foram embora.
Elas viajavam de Fortaleza para a Itália, onde participariam de um casamento.
Ainda não há explicações para o acontecido, mas, por telefone, a senadora chegou a creditar o episódio a um desentendimento que teve ainda no avião com um passageiro.
Tudo teria começado quando a amiga de Patrícia começou a espirrar durante o voo. Um italiano teria esbravejado, pedindo para que retirassem a mulher do local.
Repúdio
A notícia do constrangimento sofrido por Patrícia na Itália causou indignação em parlamentares no Senado.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) emitiu uma nota de repúdio no início da noite de hoje.
“Venho a público protestar contra os maus tratos e constrangimentos impostos pela polícia italiana à senadora Patrícia Saboya, detida sem maiores explicações, no Aeroporto de Fiumicino em Roma. Considero esse ato uma prova de desrespeito ao Poder Legislativo e à condição da mulher brasileira”, afirma.
Azeredo exige ainda no documento “explicações das autoridades competentes do país europeu”.