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Hosmany Ramos: O médico, o monstro, o político e o autor

Ele matou, sequestrou, contrabandeou. Foi preso, fugiu, foi de preso de novo, tornou a fugir. Era um cirurgião plástico brilhante — chegou a ser citado como o melhor discípulo de Ivo Pitanguy. Na cadeia, onde ficou confinado por dez anos, escreveu dez livros — quatro traduzidos para outros idiomas.

Nesta segunda-feira, esse personagem interessantíssimo da crônica policial lança o romance “O Goleador”. O livro vai dar o que falar. Corinthiano fanático, Hosmany cria uma trama de suborno, pedofilia, cobiça e jogos políticos intrincados, ambientada justamente no cenário do Corinthians.O autor teve como inspiração sua indignação pela “maracutaia”, como ele diz, que determinou a derrota do Brasil para a seleção da França na copa de 98.

O curioso é que os personagens do mundo ficcional de Homany Ramos são muito parecidos — inclusive nos nomes — com os do mundo real do futebol. Pode-se facilmente identificar caracerísticas de Ronaldo, o Fenômeno, em Rony Lee May, um craque pedófilo e corrupto que encarna o protagonista da trama. Também não será difícil estabelecer elos entre Roberto Peixeira e Ricardo Teixeira, o todo-poderso da CBF.

A entrevista foi feita pela internet. Foragido, Hosmany diz que está na França. É notório que ele se transformou, ao longo desses meses de fuga, em um ‘nerd’ obstinado. Domina a linguagem da web, alimenta um site atualizado rotineiramente e fez dela seu canal de comunicação com o mundo.

Nesta primeira parte da entrevista ele fala sobre a fuga, os crimes e a cadeia. Conta como é o cotidiano no presídio e revela que está disposto a voltar à prisão — desde que não seja em São Paulo. E reivindica o direito à remissão de parte da pena por causa de seu trabalho como escritor, benefício duas vezes negado pela justiça.

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Na segunda parte da entrevista você vai conhecer as pretensões políticas de Hosmany Ramos. Ele se diz indignado com os benefícios concedidos a criminosos do colarinho branco. E lança o primeiro compromisso de campanha: acabar com o horário eleitoral gratuito. Saiba o que pensa o foragido mais ilustre do país a respeito das instituições e dos políticos brasileiros no vídeo abaixo.

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Na terceira e última parte da entrevista, o autor Hosmany Ramos. Ele conta por que decidiu escrever sobre futebol. Assegura que os personagens de “O Goleador”, que será lançado nesta segunda-feira pela Geração Editorial, são meramente ficcionais — apesar das alusões mais do que concretas a figurões da cartoalgem.

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