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PIB sobe 1,9% no segundo trimestre. País sai da recessão

A economia brasileira voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% frente aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a igual período em 2008, no entanto, o PIB (Produto Interno Bruto) teve recuo de 1,2%.

A alta frente ao trimestre anterior configura que o país saiu do quadro de recessão técnica, quando há duas retrações consecutivas. No primeiro trimestre, a queda foi de 1% após revisão (a leitura inicial era de queda de 0,8%), e no quarto trimestre de 2008, o recuo havia sido de 3,4% após revisão (o dado anterior era de queda de 3,6%).

No acumulado do semestre, a economia caiu 1,5% frente aos seis primeiros meses de 2008, a maior retração para um semestre em toda a série histórica, inciada em 1996.

Ao todo, a economia movimentou R$ 756,2 bilhões de abril a junho. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em junho) indica alta de 1,3% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país. O indicador é composto por indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

O consumo das famílias, um dos principais componentes do PIB, teve aumento de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o que mostra que os brasileiros continuaram a comprar apesar da crise, estimulados pela redução de impostos. Quando confrontado com o segundo trimestre de 2008, o consumo teve alta de 3,2%. Ao longo do primeiro semestre, os gastos das famílias cresceu 2,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses, acumula incremento de 3,5%.

Já o consumo do governo no segundo trimestre registrou variação negativa de 0,1% em relação ao primeiro trimestre. Sobre igual período em 2008, constatou-se crescimento de 2,2%. No primeiro semestre, registra alta de 2,5%, e nos últimos 12 meses, o aumento chega a 4,2%.

O investimento –medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e que indica a confiança das empresas–, ficou estável em relação ao primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve retração de 17%. No acumulado do semestre, a queda foi de 15,6%, e nos últimos 12 meses, a queda chega a 2,2%.

A taxa de investimento de abril a junho representou 15,7% do PIB, a menor para um segundo trimestre desde 2003 (14,8%); em igual período em 2008, a taxa significou 18,5%. No acumulado do semestre, o investimento representou 16,1% do PIB, menor taxa desde o primeiro semestre de 2005.

O setor industrial, após dois trimestres negativos, teve alta de 2,1% frente ao primeiro trimestre. Em relação ao período de abril a junho do ano passado, a indústria caiu 7,9%. De janeiro a junho, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 3%.
Já o setor de serviços registrou incremento de 1,2% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB dos serviços subiu 2,4%, assim como no acumulado do primeiro semestre, cujo avanço chegou a 2,1%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, verifica-se alta de 3,1%.

O setor agropecuário, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% na comparação com o período de janeiro a março deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a agropecuária teve queda de 4,2%. A retração do setor chegou a 3% quando o desempenho de janeiro a junho é comparado a igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses, foi constatado avanço de 0,2%.

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