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Jornalista que atirou sapato em Bush deve ser libertado

Muntazer al-Zaidi, o jornalista iraquiano que se tornou famoso no mundo inteiro quando atirou seus sapatos contra o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, deverá ter uma recepção de herói quando for libertado, como esperado, na segunda-feira. 

Em dezembro de 2008, o protesto de Zaidi contra Bush, feito durante uma visita do ex-presidente à Bagdá, capturou os sentimentos de revolta de muitos iraquianos após anos de banho de sangue disparado pela invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. 

Condenado pelo governo iraquiano pelo “ato bárbaro” durante uma entrevista coletiva concedida por Bush junto com o premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, Zaidi foi condenado a três anos de prisão por atacar um chefe de Estado. A pena foi reduzida depois e a família do jornalista espera que ele seja libertado na segunda-feira. 

O advogado de Zaidi, Dhiaa al-Saadi, afirmou que ele ainda não tem confirmação sobre quando seu cliente será liberado. 

Milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram ao protesto de Zaidi contra o homem responsável pelo início da guerra, que foi chamado pelo jornalista de “cachorro”, um grande insulto no Oriente Médio. 

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chamou o jornalista de corajoso, um grupo líbio chefiado pela filha de Muammar Gaddafi concedeu a ele um prêmio por bravura, pais em outros países árabes ofereceram suas filhas como noivas para Zaidi. 

O irmão do jornalista, Maitham al-Zaidi, afirmou que simpatizantes já fixaram faixas para sua libertação e ele espera que uma multidão comemore sua libertação diante da base aérea de Bagdá. 

Maitham afirmou que Muntazer tem recebido ofertas de emprego em outros veículos de mídia árabe, mas ele ainda está contemplando seu futuro profissional enquanto tem sido encorajado por alguns políticos iraquianos a concorrer nas eleições parlamentares marcadas para janeiro. 

No início do julgamento em fevereiro, Zaidi afirmou que o sorriso de Bush enquanto ele falava sobre as vitórias no Iraque o fizeram pensar sobre “o assassinato de mais de um milhão de iraquianos, desrespeito à santidade de mesquitas e casas e estupros de mulheres”. 

A família de Muntazer afirma que o repórter está sofrendo problemas médicos relacionados a espancamentos que recebeu sob custódia de autoridades iraquianas. 

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