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Propinoduto tucano equipara PSDB da CPTM/Metrô a petistas da Valec

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A denúncia da revista Isto É é grave, gravíssima, e deve merecer uma apuração rigorosa. Ladrões de dinheiro público abrigados em qualquer legenda devem receber punição severa e o repúdio da sociedade. Para isso, nada melhor e mais transparente do que permitir que a apuração se faça também no ambiente parlamentar, com a instalação de uma CPI.

Nesse caso, o ponto de partida é a admissão, por parte do corruptor, de que houve pagamento de propina a funcionários públicos com o fim de burlar o sistema de defesa da concorrência e facilitar contratações que burlam a lei 8.666.

A denúncia da Siemens ao CADE dá conta de que quase R$ 7 milhões em propina foram distribuídos a funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos para assegurar contratos superfaturados com o governo paulista, de Mário Covas a Geraldo Alckmin.

Em tudo esse caso se parece com outro, este com a assinatura do PT e seus aliados, notadamente o PR. Foi o chamado escândalo da Valec que, em 2011, ensejou a prisão do ex-presidente da estatal, José Francisco das Neves (Juquinha) e da mulher dele, Marivone, escalada para atuar como laranja familiar do esquema. A família, de acordo com a Polícia Federal, foi pródiga na multiplicação de seu patrimônio, que saltou de R$ 560 mil para mais de R$ 60 milhões graças ao que foi surrupiado nas obras da Ferrovia Norte-Sul.

Algumas coisas, no entanto, precisam ficar mais claras em relação ao que já se sabe sobre a roubalheira em São Paulo. As reportagens veiculadas até o momento citam nominalmente dois funcionários do terceiro escalão da hirarquia tucana, embora as manchetes sugiram o envolvimento de políticos do PSDB. Esse políticos, até agora, não foram nominados. Quem são, qual a sua função na organização governamental, ainda não se sabe.

Outro aspecto ainda não esclarecido é o tamanho do butim. Os corruptores admitem que pagaram os quase R$ 7 milhões, mas as manchetes elevam o montante desviado para R$ 425 milhões. Há um hiato abissal entre as duas cifras. Mas ambas são igualmente indecorosas, caso se confirmem, porque a lei e a ética não distinguem o punguear de um real ou de um milhão de reais.

Certo, até aqui, há apenas uma coisa. Onde há trilhos e políticos, a moralidade dos negócios púbicos tende sempre a descarrilar. O resultado, independentemente da legenda que está no Poder, é o que se vê por todo canto: transporte ruim, caro, lerdo e entupido de gente.

E espertalhões sorridentes armealhando fortunas com dinheiro desviado do contribuinte brasileiro.

 

 

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