A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) deve protocolar amanhã o pedido de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do MST.
Até agora, a parlamentar conseguiu colher 34 assinaturas de colegas da Casa.
O número é bem maior que os 27 nomes necessários.
Na Câmara dos Deputados, os esforços para a instalação da CPMI têm partido de Ônix Lorenzoni (DEM-RS).
O objetivo dessa comissão é investigar como o dinheiro público sai dos cofres do governo para irrigar os cofres das entidades que dão sustentação aos sem-terra.
A iniciativa é uma espécie de retaliação ao anúncio do governo, de atualizar os índices de produtividade rural.
As relações entre o governo e as entidades que dão suporte ao MST já foram investigadas há dois anos pela primeira CPI da Terra, presidida pelo senador tucano Alvaro Dias (PR).
O relatório final identificou repasses ilegais, despesas sem comprovação e desvio de finalidade de quase R$ 20 milhões.
O TCU chegou a determinar ao governo que parasse de repassar dinheiro para entidades como ANCA e Concrab, que formam a fachada institucional do MST.