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Multidão sai às ruas contra conjuração petralha

grampoMilhares de pessoas estão concentradas na Avenida Paulista, em São Paulo,  em frente ao Palácio do Planalto e em ao menos 11 outras cidades brasileiras. As manifestações espontâneas foram convocados como flashmobs pelas redes sociais em protesto contra a escandalosa nomeação de Lula para a Casa Civil.

Antes que ela começasse, no entanto, veio a público a última lambança petista:  o insidioso diálogo entre Dilma e Lula em que a presidente da República oferece a seu antecessor uma espécie de salvo-conduto para a impunidade.

A conversa foi interceptada pela Polícia federal nesta quarta-feira. O telefone celular utilizado pelo ex-presidente vinha sendo mantido sob escuta legal desde o dia 19 de fevereiro pela Operação Lava Jato. No diálogo, breve, Dilma informa a ele que enviou o termo de posse para que ele usasse em caso de necessidade — leia-se, na iminência de a justiça federal do Paraná decretar a prisão preventiva do ex-presidente.

O áudio e as demais escutas realizadas durante o período em que Lula permaneceu grampeado revelam ao menos uma tentativa de contatar a ministra Rosa Weber, do STF. Os diálogos são cifrados. Lula e seus interlocutores diziam saber que seus telefones estavam sob escuta da Polícia Federal.

A desfaçatez com que a presidente e o ex tratam do salvo-conduto revoltou o País.  E não apenas pela voluntariosa entrega do documento, mas também por causa da determinação para que o Diário Oficial rodasse uma edição extra, feita apenas para dar validade jurídica ao termo de posse usado como passaporte para a impunidade.

Juristas e analistas políticos que já se manifestaram sobre o episódio são unânimes em avaliar como tresloucada a iniciativa. Obstruir a Justiça é um crime gravíssimo e pode dar causa até mesmo à prisão de quem tenta atrapalhar o andamento dos processos. Que o diga o senador Delcídio do Amaral.

O Palácio do Planalto divulgou agora há pouco uma nota risível para tentar explicar o inexplicável. A Secretaria de Imprensa afirmou que Dilma encaminhou a Lula o termo de posse para que ele o assinasse, uma vez que o novo superministro “não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse” que está marcada para amanhã, 10h00. A subserviência assumida como argumento para dar verossimilhança à trama serve apenas para dimensionar o papel terciário que Dilma tem a partir do golpe branco que ela mesma sugeriu.

Se você quiser ouvir a reprodução do grampo que flagrou a conjuração metralha, basta clicar no player de áudio abaixo.

 

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