Nove diretórios estaduais do PP decidiram fechar questão a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff: RS, SC, PR, SP, MG, ES, GO, DF e AC.
As decisões regionais afrontam a posição do presidente da sigla, senador Ciro Nogueira, que na semana passada deu um passa-moleque na bancada. Ele anunciou que partido iria permanecer no governo sem consultar ninguém. Vinte e dois deputados pepistas haviam solicitado uma reunião do diretório para deliberar sobre o afastamento do governo, mas foram aconselhados por Ciro Nogueira a desistir da reunião para que o assunto fosse debatido em outras instâncias partidárias.
Ciro “acolheu”a desistência, desconvocou a reunião e foi ao Palácio do Planalto entregar 40 votos que não tem. Antes concedeu uma coletiva. Teve seu Dia do Fico.
A liderança do PP distribuiu uma nota antecipando que o que os diretórios estaduais decidiram afeta também a bancada federal. Quer dizer: se o Piauí decidir que os parlamentares do partido devem votar favoravelmente ao impeachment, Ciro Nogueira ficará impedido de entregar seu próprio voto.
É interessante observar a movimentação no placar do Estadão. De ontem para hoje, três deputados se definiram favor do impeachment: Lúcio Mosquini (PMDB/RO), Hiran Gonçalves (PP/RR) e Carlos Gomes (PRB/RS).
Pelo que se tem notícia em Brasília, a pressão na base está horrível. Os eleitores vêm cobrando que seus representantes votem contra o governo. Também há pressão de sindicatos e movimentos sociais no sentido contrário.
A vida dos indecisos definitivamente não está fácil.