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Edir Macedo fraudou o registro do próprio filho adotivo

O que se pode esperar do comportamento de um líder religioso que tem quase dez milhões de seguidores em todo o planeta ? No mínimo, que seja decoroso. E que esteja circunscrito aos limites éticos e morais que sua própria religião impõe aos fiéis. Pois vejamos se este é o caso de  Edir Macedo Bezerra, o chefe máximo da Igreja Universal do Reino de Deus.

Nos últimos dias, graças ao esforço de um  conjunto de jornalistas investigativos que se espalham por três continentes, da TVI de Portugal, do Blog do Pannunzio e do consórcio The Universal Truth, foi possível desvelar mais uma das faces desse controverso personagem.

No final deste texto, você vai poder concluir, com os elementos que vamos apresentar, que a vida desse líder religioso foi construída com insumos falsos ou recursos obtidos mediante trapaça. Boa parte do que ele diz e ostenta, ou simplesmente não existe, ou de fato não lhe pertence.

Seus títulos acadêmicos, por exemplo, são produto da mais pura fraude. Todos os diplomas que Edir Macedo se jacta de possuir são  falsificações grosseiras, papéis inúteis assinados por instituições fantasmas e jamais reconhecidas por órgãos oficiais, omo ficará comprovado na próxima semana.

Mas não é apenas nas informações curriculares que Edir Macedo mente. Ele também mente — ou manda mentirem por ele — quando fala da própria família. Veja o exemplo aí ao lado. O recorte foi extraído do blog de Edir Macedo no site da Igreja Universal. A página  de onde eu tirei essa impressão  de tela pode ser acessada aqui.

O texto relata como o bispo-mór da IURD adotou seu filho Moyses em 1985. O episódio está romanceado também no filme Nada a Perder, recentemente lançado como obra de propaganda para iniciados na liturgia da IURD.

O garoto foi entregue à família do bispo pela mãe biológica, uma pobre moradora da periferia de Santa Cruz, no Rio de janeiro, durante um culto celebrado pelo chefe da igreja.  Para o momento, o detalhe que importa realmente é a última frase do post do blog de Edir Macedo: “No dia seguinte, foi iniciado o processo oficial de adoção”.

Isso nunca aconteceu. É apenas uma afirmação pusilânime para justificar um comportamento amoral. E também um crime tipificado pelo Art. 242 do Código Penal Brasileiro.

Uma estranha forma de constituir uma família

A intimidade das famílias não é assunto de interesse deste blog. A regra aqui é o total respeito à privacidade dos personagens de nossas matérias. Se são castos  ou devassos, beberrões ou abstêmios, adúlteros ou fiéis, nada disso é objeto do nosso interesse. Assim como também não nos interessa a crença religiosa de quem quer que seja. Aqui não estamos denunciando uma teologia, uma prática religiosa, uma doutrina. Estamos denunciando práticas criminosas. E elas podem ser adotadas até para constituir uma família ou moldar uma religião.

A série O Segredo dos Deuses, veiculada em dezembro de 2017 pela TVI de Lisboa, revelou que Edir Macedo se valeu de todo tipo de estratagema para que suas filhas conseguissem adotar crianças bonitas e bem-nutridas em Portugal. As mães biológicas dessas crianças viviam  em estado de vulnerabilidade social plena, e as confiaram temporariamente a um lar de adoção mantido pela IURD no bairro de Camarate, em Lisboa.

O mesmo fez a segurança social portuguesa, que enviava para o repositório dos bispos da IURD filhos de mães de biografia complicada. Eram viciadas em drogas, vítimas de violência doméstica ou mães em situação de extrema pobreza. Elas contavam certo com o amparo do lar da igreja e esperavam reaver seus filhos assim que a vida melhorasse.

Só que o bispo chegou antes que elas conseguissem voltar reabilitadas. E confiscou as crianças. As mães  denunciaram de maneira contundente que foram roubadas no que tinham de mais precioso.  Mas ninguém deu ouvido a elas.

Viviane, a filha mais nova do bispo, não tinha idade nem residência em Portugal para se habilitar a uma adoção. Edir Macedo logo encontrou uma solução. Nomeou uma mãe laranja, sua própria secretária, que se apresentou à Justiça portuguesa como candidata à adoção de três bebês. Ocorre que eles não  estavam ali para serem doados a ninguém. A mãe biológica assegura que eles lhe foram retirados na marra.

Uma das crianças foi rejeitada. Acabou sendo empurrada para o bispo Romualdo Panceiro e sua mulher Márcia, numa história cujo ponto final foi uma tristíssima tragédia.

A filha  mais velha, Cristiane, que também não tinha residência  fixa em Portugal, conseguiu adotar uma criança em prazo  recorde. Nenhum casal, natural de Portugal ou estrangeiro, jamais conseguiu tanta celeridade do Poder Judiciário. Em um País onde a adoção leva em média 3 longos anos, para a filha de Edir Macedo não foram necessários mais do que alguns meses até que ela conseguisse a guarda.

Muitas outras crianças saíram do Lar da Universal em Camarate para a casa de pastores e bispos da IURD. As investigações da TVI descobriram 9 nessa condição. Mas já se sabe que ao menos 26 outras tiveram destino semelhante. E indícios apontam no sentido de que o número pode ultrapassar os 60 casos.

Mas os rolos da cúpula da IURD com adoção de crianças começaram muito tempo antes — precisamente em meados de novembro de 1985, ano em que Edir Macedo e sua mulher, Dona Estér,  decidiram ir ao Décimo-Primeiro Cartório do Registro Civil do Rio de Janeiro para prestar uma declaração falsa do nascimento de Moisés, filho adotivo do casal.

 

Deus manda um filho. Mas quem entrega é Rosemere.

Rosemere, mãe biológica e testemunha do nascimento de Moyses

 

Rosemere Oliveira é uma mulher que conhece na carne o significado da palavra sofrimento. Filha  de pais miseráveis, foi condenada desde muito cedo a reproduzir as condições em que foi criada. Aos 12 anos, conheceu um homem muito mais velho, de 52 anos de idade, e foi viver com ele.

O sujeito era inseguro o violento. Pesava a mão quando batia em Rosemere, o que podia acontecer a qualquer hora e por qualquer motivo. Normalmente as surras aconteciam quando ele enlouquecia de ciúmes da amante 40 anos mais nova.

Rose não tinha para onde ir. Ficou no barraco dele por muitos anos. Teve um filho, e logo engravidou novamente. Sem ter com quem buscar amparo material e proteção contra as agressões, passou a pedir ao Deus da Igreja Universal que lhe ajudasse a resistir.

Uma tarde, quando já estava com cinco meses da segunda gravidez, tomou uma surra memorável. O companheiro com quem ela vivia chutou várias vezes sua barriga.  Quando a sessão de tortura acabou, Rose ligou o rádio no programa do bispo Edir Macedo para suplicar o de sempre.

Foi então que ela ouviu o jovem bispo da IURD, já uma figura proeminente, contar no púlpito que havia feito duas “Fogueiras Santas” para ter um filho homem e não havia sido ainda contemplado por Deus.

As fogueiras santas são campanhas da Universal que têm por propósito tirar o máximo de dinheiro e bens de seus fiéis. Eles são desafiados a dar tudo o que têm para a “obra” porque Deus lhes restituirá com juros e correção monetária.

Os bispos e pastores, que são sempre ávidos por dízimos, ofertas e doações, tornam-se histriônicos durante essas campanhas. Em 2016, o bispo Rogério Formigoni, que desafia viciados a cheirar cocaína que ele mesmo provém em seus cultos, chegou a pedir aos fiéis que deixassem seus carros na igreja e voltassem para casa a pé.

Rose entendeu que o bispo Edir Macedo  já havia duas vezes se despojado de todos os seus bens para ter um filho homem. E esse suposto sacrifício, dentro do conjunto de  valores adquirido na IURD, indicava que realmente Edir Macedo queria o que dizia querer. Afinal, por duas vezes seguidas, ele teria dado todos os seus bens na fogueira santa para ser atendido por Deus.

Na época, ela nem imaginava que o despojado Edir Macedo logo se tornaria o  líder religioso mais rico do mundo segundo a Revista Forbes,  e entraria na galeria dos 50 homens mais ricos do Brasil.

Quando entrou em trabalho de parto, no dia 13 de novembro de 1985, Rose teve que ir de ônibus para o Hospital Olivério Kramer, o mais próximo de sua casa. Estava sozinha.

O parto normal aconteceu nos primeiros minutos de 14 de novemnbro de 1985, depois de 48 horas de dores das  contrações. Seu companheiro só apareceria por lá dois dias depois do nascimento de Moisés. Ainda assim, apenas para dizer que não acreditava que ele fosse o pai do bebê.

As agressões ficaram mais intensas quando ela retornou ao seu barraco com o pequeno Moisés no colo. Duas semanas depois disso, o companheiro voltou a aplicar-lhe uma surra inesquecível. Ao final, não satisfeito, botou Rose para fora de casa com o recém-nascido no colo.

Sem dinheiro, muito machucada, sem comida e sem ter onde abrigar o filho, ela se lembrou do que ouvira no rádio quatro meses antes — as súplicas do bispo da Universal por um filho homem. E decidiu seguir para lá.

Rose se lembra de ter preparado cuidadosamente uma malinha com os poucos petrechos de Moisés . Como ela não tinha dinheiro para pagar a passagem de ônibus, foi pedindo carona no caminho até chegar ao Templo da Abolição.

Lá chegando, procurou um  dos obreiros e disse: “Eu trago esse menino para dar ao bispo Edir Macedo”. Sem lhe perguntar nada, o obreiro se dirigiu a Dona Ester, mulher do bispo Edir Macedo, que estava naquele dia no altar, acompanhando a pregação do marido. Ela pediu então para lhe levarem a criança.

Edir Macedo percebeu a movimentação e perguntou o que estava acontecendo. Sua mulher então disse que ali estava o flilho que ele havia pedido a Deus. O bispo então pegou a criança, ergueu-a e anunciou solenemente para os fiéis: “Deus acaba de me dar o filho que tanto pedi. Acaba de nascer o Moisés do nosso templo”.

Curiosamente, ninguém  se lembrou  de oferecer à mãe em desespero uma alternativa àquele gesto extremo. Ninguém lhe perguntou se ela precisava de alguma coisa para não fazer aquilo, nem se ofereceu para ampará-la. Ela só foi chamada  mais tarde, quando Moisés começou a chorar. O diácono que a atendera pediu para que ela subisse ao escritório para amamentar Moisés. Mas ele recusou o peito, como se tivesse entendido que fora desprezado pela mãe.

Rose foi embora chorando. Levou de volta a bolsa que havia trazido com os poucos pertences do filho. Dona Estér teria dito a ela que a criança não precisaria daqueles trapos, que nada jamais iria  lhe  faltar pelo resto da vida. Ela foi embora  com o coração  partido — e com a certeza de que havia  feito o que era possível. O filho teria uma vida muito diferente da dela. Era isso o que importava.

Adoção à Brasileira

Em seu blog, Edir Macedo afirma que “no dia seguinte foi iniciado o processos formal de adoção”. É mentira. Esse processo jamais aconteceu. Trata-se de um crime conhecido como Adoção à Brasileira — registrar como seu filho de terceiros. Ele está tipificado no Art. 242 do Código Penal Brasileiro.

Uma semana depois de entregar seu filho, um emissário da IURD foi  procurar Rosemere em seu barraco. Ficou estabelecido que um carro iria apanhá-la na manhã do dia 14 de dezembro para levá-la ao 11○. Cartório do Registro Civil, no Rio de Janeiro. Ela não sabia, mas iria ser aliciada pelo bispo que ficara com seu filho para perpetrar uma fraude.

 

A Certidão de Inteiro teor obtida pelo Blog do Pannunzio não deixa nenhuma dúvida. Nela, pode-se ler que Edir Macedo compareceu ao  cartório “tendo declarado o nascimento de Moyses Rangel Bezerra (…) no hospital Olivério Kraemer, ocorrido aos 14 dias do mês de novembro de 1985, filho do declarante  e de Ester Eunice Rangel Bezerra”.

Á exceção da data, tudo o mais é falso nessa declaração de nascimento. Ela foi registrada na filha 175 do libro A-86. Estér Bezerra jamais esteve internada, muito menos deu à luz nesse hospital do subúrbio carioca. Quem deu à luz Moyses não foi ela, como declarou Edir Macedo, e sim dona Rose.

A mãe biológica foi envolvida involuntariamente na fraude. Pessoa de poucas letras, ela assinou sem ler os papéis que lhe foram entregues. No registro de nascimento, figura como testemunha do nascimento do próprio filho. Ela e seu ex-companheiro Cornélio Tavares de Melo, o pai biológico de Moysés.

Esse tipo de conduta é tipificado pelo Art. 242 do Código Penal Brasileiro. Ele prescreve que “dar parto alheio como próprio, registrar como seu o filho de outrem, ocultar recém-nascido ou substituí-lo” sujeita quem pratica esse crime a penas de 2 a 6 anos de reclusão. Se o crime for cometido por motivo de reconhecida nobreza, a pena é reduzida para um a dois anos de prisão, mas o juiz pode deixar de aplicá-la.

Edir Macedo também estaria incurso em crime de falsidade ideológica, tipificado no Art. 299 do Código Penal. Ele prevê pena semelhante — de 2 a 6 anos — para quem ” omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.

O Blog do Pannunzio tentou exaustivamente obter uma cópia da Declaração de Nascido Vivo (DNV) expedida pelo Hospital Olivério Kramer. Esse documento deveria ter sido apresentado ao cartório para a consecução do registro, mas não foi. Não se sabe como Edir Macedo conseguiu “convencer” o tabelião a aceitar uma declaração amparada apenas por testemunhas, quando a lei já exigia a apresentação desse documento para lavrar o registro.

A ausência do DNV e as circunstâncias suspeitas em que o nascimento foi registrado talvez expliquem o fato de Rosemere jamais ter conseguido obter uma cópia da certidão de nascimento do filho biológico. Ela assegura ter procurado o tabelião muitas vezes, mas o documento, que é público, sempre lhe foi negado. “Eles diziam que o Bispo não deixava eu ter uma cópia, que aquilo era segredo”, diz Rosemere.

Moyses vai à montanha

Rosemere nunca conseguiu se desvincular das lembranças do filho. Ela se manteve informada de cada movimento da família do bispo. Acompanhou todas as polêmicas envolvendo seu rebento, que não foram poucas, e esteve à espreita de todas as oportunidades de encontrá-lo.

Mas isso só aconeceu duas vezes, e sempre por iniciativa do filho. Aos nove anos, o menino se interessou em saber quem era a verdadeira mãe e como ela vivia. Quando lhe contaram que ela morava em uma favela, Moyses pediu ao bispo Macedo que desse a ela uma casa, no que foi atendido.

A casa é uma construção modesta, de cinco cômodos, no bairro de Santa Cruz, no extremo Noroeste da capital fluminense. O imóvel, que  fica a mais de 80 quilômetros do centro do Rio de Janeiro, não foi a primeira alternativa apresentada pelos bispos que cuidaram do negócio. “Eles tentaram me empurrar um barraco no meio de uma favela, um lugar muito perigoso, pior do que o chiqueiro onde a gente morava”, lembra Rosemere, que recusou a primeira oferta.

Rose e seu companheiro Nilson na casa doada pela IURD

Logo o advogado encarregado pela IURD de resolver o problema encontrou um outro imóvel — uma casa que vinha sendo ocupada pela viúva de um pastor há algum tempo. Rosemere diz que a casa provavelmente foi doada à IURD por algum fiel. Mas na matrícula do imóvel está  anotada a compra  por R$ 4 mil reais, que na época correspondia a cerca de US$ 4 mil — aproximadamente R$ 16 mil nos dias de hoje. Não  existe na matrícula nenhuma informação sobre a forma como o pagamento teria sido feito.

Procurado pelo Blog do Pannunzio, 0 procurador dos antigos proprietários também não se lembra de que maneira esse imóvel foi arrecadado. O advogado João Donizetti de Almeida era funcionário da Igreja Universal. Na época, ele cuidava do departameto imobiliário da IURD. Ele confirmou que a transferência do imóvel foi feita para atender à demanda da mãe biológica de Moyses, e que todos os envolvidos na transação sabiam disso.A casa foi registrada em nome dos dois filhos de Rosemere, que foi constituída usufrutuária do imóvel enquanto vivesse.

Formalmente, a IURD nunca foi a proprietária desse imóvel. O advogado João Donizetti explica que essa era uma praxe nos negócios imobiliários da Igreja Universal. “Eles faziam assim porque estavam  ainda pleiteando a isenção tributária junto ao município. Por isto, em vez de assumir a titularidade, a igreja nomeava um procurador, o que também servia para evitar problemas caso houvesse a morte ou o desaparecimento de um dos antigos proprietários”, explica o ex-advogado da IURD..

O outro lado

A despeito da ameaça de me processar por não ter ouvido o outro lado, Edir Macedo e a IURD não responderam às mais de 100 perguntas que lhe foram encaminhadas nos últimos dias a respeito das denúncias que o Blog do Pannunzio, a TVI e o consórcio The Universal Truth vêm divulgando contra ele.

Nesta sexta-feira, a assessoria jurídica da igreja em Portugal enviou um e-mail contendo algumas respostas a questionamentos feitos pelas repórteres Alexandra Borges e Judite França. Mas as respostas contêm incorreções insanáveis. Uma das afirmações dá conta de que é impossível saber se houve ou não um processo de adoção por trás de um registro de nascimento.  “No Brasil, não existe qualquer diferença ou anotação na Certidão de Nascimento, que indique que os pais de uma criança são adotivos ou biológicos. Eles sãs pais”, afirmaram os advogados da IURD em Portugal.

Não é verdade. O Blog do Pannunzio consultou trÊs fontes do Poder Judiciário e do Colégio Notarial do Brasil. Beatriz Furlan, uma das maiores conhecedoras da legislação que rege o registro civil no Brasil, foi taxativa ao afirmar que “com certeza não foi feita adoção. A declaração (contida na certidão de inteiro teor) é de que o registrado é filho do casal [Edir Macedo e Estér Bezerra] — algo que assumidamente não é.

Os advogados da IURD em Portugal também mentem sobre  casa dada a Rosemere e seus filhos. “A Universal nunca cedeu ou doou qualquer imóvel à pessoa em questão”, asseguram, contrariando o depoimento do procurador da igreja à epoca da transferência e a matrícula do imóvel.

Leia abaixo a íntegra das respostas da assessoria jurídica da IURD em Portugal.

2- Quem é a mãe biológica de Moyses Rangel Bezerra?

3 – Foi dado algum benefício pelos seus constituintes ou pela IURD a tal pessoa? Se sim o quê e quando?

Não foi concedido qualquer “benefício” a ela. A única ajuda que recebeu, 16 anos após o processo de adoção, foi um emprego, onde permaneceu de 13/8/2001 até 22/5/2009.

4 – É verdade que a casa onde vive a mãe biológica de Moyses foi doada à Universal por um membro, sendo posteriormente transferida a sua titularidade para familiares diretos da mesma senhora?

A Universal nunca cedeu ou doou qualquer imóvel à pessoa em questão. Não temos como nos manifestar a respeito do assunto.

5 – Foi atribuída alguma compensação mensal a essa senhora pela IURD ou pelos seus constituintes? Essa compensação mantém-se?

Não. Nunca houve compensação mensal. Ela foi remunerada pelo trabalho como cozinheira, pelo tempo que esteve contratada.

6- Foi essa senhora funcionária da IURD?

Sim. Ela foi contratada no cargo de cozinheira, de 13/8/2001 até 22/5/2009. Ou seja, 16 anos após o processo de adoção.

7 – Os seus constituintes informaram o Sr. Moyses da verdade dos fatos e proporcionaram o conhecimento e contato com a sua família biológica?

8 -Porque razão os seus constituintes promoveram no dia 4 de Dezembro de 1985 na cidade do Rio de Janeiro o registo de nascimento de Moyses Rangel Bezerra como sendo seu filho biológico?

No Brasil, a Certidão de Nascimento de um adotado é idêntica àquela de um filho natural. Não há qualquer indicação de que a criança seja filha adotiva ou biológica.

9 – No dia 14 de Novembro de 1985 teve a sua constituinte internada na maternidade Oliverio Kremmer e nessa ocasião deu á luz uma criança do sexo masculino ?

10 – São Edir Macedo e Ester Bezerra pais biológicos de Moyses Rangel Bezerra como consta da Certidão Teor de Nascimento?

O Bispo Edir Macedo e sua esposa, D. Ester Bezerra, são os pais adotivos, legalmente constituídos perante o Poder Judiciário. No Brasil, não existe qualquer diferença ou anotação na Certidão de Nascimento, que indique que os pais de uma criança são adotivos ou biológicos. Eles sãs pais.

11 –  Foi o seu constituinte Romualdo Panceiro da Silva que retirou/acabou com a retribuição mensal entregue à mãe biológica de Moyses?

Nunca houve “retribuição mensal entregue à mãe biológica de Moyses”. Ela foi remunerada pelo trabalho que exerceu, durante o período que esteve contratada.

Acesse a íntegra dos docuetos citados nesta reportagem:

 

Certidão de inteiro teor do nascimento de Moyses Bezerra:

[pdf-embedder url=”http://www.universaltruth.info/wp-content/uploads/2018/03/Certidão-Moyses-inteiro-teor.pdf” title=”Certidão Moyses – inteiro teor”]

 

Matrícula e escritura do imóvel doado pela IURD a Rosemere e seus filhos:

[pdf-embedder url=”http://www.universaltruth.info/wp-content/uploads/2018/03/Escritura-casa-Rose.pdf” title=”Escritura casa Rose”]

 

Art. 242 do Código Penal

[pdf-embedder url=”http://www.universaltruth.info/wp-content/uploads/2018/03/art242.pdf”]

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