Dois anos depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) definir que os mandatos de parlamentares que mudam de legenda pertencem aos partidos, o troca-troca partidário voltou a se impor no cenário nacional. Se a decisão do Supremo, em 4 de outubro de 2007, provocou a perda de mandatos e conteve a dança das cadeiras dentro dos partidos, agora esses efeitos vêm sendo ignorados pelos políticos, que voltaram à antiga prática, sem temer punições e buscando novas siglas conforme suas conveniências eleitorais.
Hoje termina o prazo legal para essas novas filiações partidárias com vistas às eleições de 2010 e poucos políticos fizeram seus movimentos preocupados com o viés ideológico de suas legendas.
Na prática, as filiações se deram com base em dois aspectos centrais. A primeira onda foi na direção de partidos com pré-candidaturas presidenciais com potencial de bom desempenho, como é o caso do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e da senadora Marina Silva (PV-AC).
Essa atração funcionou não apenas com políticos experientes, mas com empresários interessados em contribuir e participar dessas novas campanhas. O PSB de Ciro atraiu o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Já o PV de Marina levou o presidente da Natura, Guilherme Leal, além de empresários dos grupos Klabin e Brasilinvest.
De quebra, essa onda ainda arrastou políticos como o vereador Gabriel Chalita, que deixou o PSDB para entrar no PSB, e o ex-ministro do Turismo e das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia, que deixou o PTB de Roberto Jefferson para se tornar companheiro de partido de Ciro.
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