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São todos iguais. E mataram nossa esperança.

As enojantes imagens do escândalo de corrupção do governo Arruda tiveram o condão de botar no mesmo patamar DEM, PSDB e PT, com todas as suas legendas e sublengedas de aluguel. É incrível ver como inimigos viscerais comemoram não a superação do contendor, mas a equiparação a ele.

O que uns dizem dos outros é apenas “veja como somos iguais”. Para depois completar: “vamos nos preservar mutuamente”. No próximo pleito o eleitor será compelido a comprar essa patranha. Terá que escolher entre os mensaleiros do PT, os do PSDB ou os do Democratas.

A lassidão moral é tão grande que chegamos ao ponto máximo do escárnio. Temos um presidente que defende abertamente os corruptos. Que pede o afrouxamento dos instrumentos de fiscalização do Estado. Uma oposição que se enrola na chicana para não punir seus próprios pecados. Ou que divide o banco dos réus com os companheiros do outro lado da trincheira. Uma igualdade no pântano. O que será de nós ?

Esse políticos, quase todos eles, fizeram foi matar a nossa esperança de um dia ter um país decente para criar os filhos. Eles, com essa imoral equidade duramente conquistada, não deixaram nenhum caminho livre para que o cidadão honesto possa vislumbrar na política o caminho para a construção de um mundo digno e honesto.

Virão à nossas casas com argumento torpes como o do degenerado Zé Dirceu, para quem “o povo sabe distinguir corrupção de caixa 2”. O que ele quer dizer é que as pessoas toleram que gente como ele e os demais companheiros de desventura roubem pelo Poder, e não para amealhar patrimônio.

Categorizou-se a corrupção. Na vala comum onde  ardem essas almas todas jazem também as nossas esperanças. Porque eles cuidaram de construir um sistema que se retroalimenta de seus novos valores — e está aí para dar imunidade a quem delinque.

E o pior é que ainda não inventaram outro caminho. Pobres de nós.

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