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Situação de Paulo Octávio é pior do que a de Arruda

Apesar de todos os esforços feitos na seara política para manter o vice-governador do Distrito Federal imune aos rolos de corrupção no governo de Brasília, a situação de Paulo Octávio, do ponto de vista de quem apura o fatos, não é melhor nem mais confortável do que a do colega de infortúnio José roberto Arruda.

Uma fonte vinculada à investigação do escândalo assegura que o Ministério Público tem um enorme rol de provas e indícios contra o vice-governador. Os rolos de Paulo Octávio não se restringiriam apenas à partilha da propina arrecadada de empresas de informática. Haveria vários outros “negócios” paralelos sendo investigados neste momento. A apuração transcorre em sigilo. “Ninguém, a não ser as poucs pessoas que compõem o núcleo desse trabalho, sequer imagina o que vem por aí nos próximos oito dias”, diz a fonte.

Os focos de problemas se localizarim nas licitações de terrenos do Setor Noroeste feitas pela TERRACAP, a imobiliária estatal de Brasília; na concessões do Pró-DF, que distribuiu lotes a empresários de Brasília; e nas renegociações de contratos de grandes devedores inadimplentes do BRB, o banco estatal do GDF.

A gravidade da situação é tão grande que alguns amigos do vice-governador já o aconselharam mais de uma vez a renunciar para sair da ribalta do Mensalão do DEM. Mas Paulo Octávio resiste — segundo a fonte, por desconhecer a extensão das imputações que lhe serão feitas.

Até agora, pesam contra PO as declarações de Durval Barbosa, o ex-secretário que se transformou em delator do esquema do panetone, e dois videos de seu principal executivo, Marcelo Carvalho, recebendo dinheiro. “A sensação de que não há provas contra ele é falsa. Decorre do fato de não haver flagrantes em vídeo da entrega do dinheiro a ele pessoalmente”, assegura a fonte do blog. “Engana-se quem pensa que o trabalho dos promotores, procuradores e policiais se resume à juntada da coleção de filmes de Durval Barbosa”, arremata.

De acordo com o que foi descrito pelo delator, Durval Barbosa teria feito apenas uma entrega de propina diretamente a Paulo Octávio. O montante, de R$ 200 mil, teria sido entregue no ano passado, em uma das suítes do hotel Kubistchek Plaza, que pertence ao vice-governador. O dinheiro seria proveniente de suborno pago pela empresa de informática TBA.

Durval Barbosa contou ao MP que todas as outras vezes em que efetuou pagamentos de propina a Paulo Octávio entregou a dinheiro vivo a emissários destacados por ele — “inúmeras vezes” o pagamento foi feito por intermédio de Marcelo Carvalho, o braço direito de PO que aparece nos vídeos de Barbosa.

Nos 16 últimos depoimentos prestado por Durval Barbosa, o nome de Paulo Octávio é citado pelo menos 25 vezes. Um dos depoimentos, o que foi colhido no dia 9 de dezembro, foi integralmente dedicado ao esclarecimento do método utilizado para a entrega de propina ao vice-governador.

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