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O planeta está aquecendo ou esfriando ?

“O planeta está esfriando”. A afirmação, feita com serenidade e segurança, é do professor Luiz Carlos Molion, entrevistado do no Canal Livre de ontem. Ele é um dos mais respeitáveis e polêmicos climatologistas do país, fez doutorado em uma instituição igualmente respeitável e tem uma série de argumentos para embasar a afirmação. Trata-se, na verdade, de uma reiteração. O intrigante é que ela se baseia nos mesmos dados e nas mesmas fontes dos que advogam a hipótese do aquecimento global.

Já havia lido muita coisa sobre Molion e seu ponto-de-vista. Mas confrontá-lo pessoalmente no estúdio da Band foi uma experiência interessante.

Molion segue na contramão do pensamento hegemônico segundo o qual o planeta está inexoravelmente sendo aquecido por emissões de CO2 e gás metano, produto da queima de combustíveis fósseis pelo homem. Segundo ele, o CO2 não regula o clima e o gás metano já atingiu seu nível de saturação na atmosfera, tendendo a permenecer assim ao longo do tempo.

O professor da Universidade Federal de Alagoas atribui o aquecimento do Ártico, a redução da superfície gelada do Pólo Norte e o derretimento das geleiras da Europa ao ciclo de precessão lunar, que se repete a cada 18,6 anos — ou ao ângulo descrito pela órbita da Lua no momento atual.

Ele assegura que, quando a Lua está em seu ângulo máximo de inclinação em relação ao eixo da Terra, a gravidade exercida pelo nosso satélite natural provoca um aumento que pode chegar a 12 centímetros no nível dos oceanos meridionais.

A precessão também provocaria uma aceleração das correntes quentes que vão da zona tropical em direção ao Ártico, derretendo a base dos incebergs e provocando a redução da superfície gelada. “Isso, à luz dos dados de que dispomos, não constitui nenhuma novidade. O derretimento do gelo ártico e das geleiras foi muito pior na década de 40”, assegura o professor.

Molion, que há algum tempo se contrapõe à hipótese cinetífica do aquecimento global, assegura que ela não se justifica pelos dados que vêm sendo coletados, especialmente no Pólo Sul da Terra. “Temos evidências claras de que as temperatutas na antártica estão decrescendo 0,6 graus a cada década. A prova disso são os dados que acabam de ser divulgados pela estação brasileira Comandante Ferraz”.

Tais dados apontam, efetivamente, que os anos de 2007 e 2009 foram os mais frios desde o início das medições feitas pelas equipes brasileiras. No Natal e na passagem de ano, pleno verão antártico, houve neve e temperaturas de 13 graus celsius negativos.

“Além de não haver nenhuma base científica para afirmar que o planeta está esquentando, há menos ainda razões para especular sobre a responsabilidade da ação humana sobre o clima”, assegura Molion. Segundo ele, as discussões se passam na seara política com base em sofismas pretensamente acadêmicos. Eles serviriam a três objetivos: os ricos querem refrear o crescimento das economias emergentes; os emergentes, por sua vez, querem que os ricos brequem sua fúria consumista e financiem seu próprio crescimento às custas do discurso ambiental; e os países insulares desejam se apropriar de subsídios a pretexto do “risco” de desaparecerem.

A respeito das tragédias provocadas pelas chuvas no Brasil, Luiz Molion é categórico: o problema, segundo ele, é que as pessoas perderam a memória de não se lembram que tudo isso já aconteceu em um passado recente. “Na Serra das Araras, em 1967, o estrago provocado pelas chuvas foi muito pior do que os desastres de Angra”. O frio que congela e Eruopa e Os Estados Unidos,  também ajudariam a comprovar sua tese de que o planeta está ficando mais frio.

 

E você, o que pensa: o planeta está esquentando ou, ao contrário, está esfriando ?

 

 

 

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