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Como os tucanos avaliaram o debate no site oficial da campanha

O extenso currículo de vida pública, sem arranhões, e as propostas concretas de quem se preparou durante anos para chefiar o Palácio do Planalto deixaram claro a superioridade de José Serra, na noite desse domingo (10), no primeiro debate televisivo após a votação do primeiro turno, na Band. Tranquilo e seguro nas afirmações, Serra dirigiu-se aos eleitores brasileiros com compromissos para solucionar problemas que atingem boa parte da população, como os gargalos na infraestrutura, os níveis alarmantes da violência pública e a lentidão de serviços públicos vitimizados pelo uso político de órgãos federais, por exemplo. Ao contrário da candidatura adversária, Serra deixou claros compromissos como o aumento do salário mínimo para R$ 600 já em 2011, assim como o reajuste do INSS em dez por cento – “o dobro do que quer o atual governo”. Ele finalizou sua participação conclamando “entusiasmo” do povo brasileiro para a escolha do próximo dia 31.

Mais preparado para consolidar os avanços democráticos conquistados pelo povo brasileiros nos últimos 25 anos, o tucano ressaltou ter ideias próprias. “As pessoas no Brasil sabem que eu tenho cabeça própria, eu não fui pinçado por ninguém, e respondo por minhas ideias. Na minha história de vida eu não tenho nenhum departamento secreto, nada guardado no cofre”. Candidato de uma coligação partidária que tem como princípios a ética e a transparência – características marcantes da vida pública do ex-governador de São Paulo – Serra lembrou que não esconde quais são os ex-presidentes da República que estão ao seu lado – Itamar Franco (PPS) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Ela (Dilma Rousseff) é apoiada por dois ex-presidentes que ela não lembra nunca: o Collor (PTB) e o Sarney (PMDB)”, afirmou.

Ex-ministro da Saúde conhecido como o melhor da história do País, Serra criticou os poucos avanços do Ministério no atual governo. Como exemplos, citou o endividamento das Santas Casas, a defasagem da tabela de pagamentos dos procedimentos médicos e ambulatoriais do SUS, além da paralisação dos mutirões, como os das cirurgias da catarata, por exemplo. Também lembrou que o programa dos genéricos – criado por ele – não se desenvolveu como deveria porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está loteada politicamente. “Na minha gestão nós implantamos os genéricos. Foi uma luta bastante dura, mas ganhamos. Estima-se que a população economizou R$15 bilhões. Os genéricos foram um sucesso no Brasil, só que o governo, através da Anvisa, tem de aprovar (a produção de novos medicamentos). Hoje, tem preso lá o equivalente a dois bilhões em remédios. A Anvisa foi loteada politicamente”.

Para a área da Segurança, Serra ratificou a proposta de criar o Ministério da Segurança Pública, uma solução para centralizar ações eficientes que hoje estão dispersas em alguns estados, além de fortalecer de modo mais consistente a proteção das fronteiras, por onde entram armas e drogas contrabandeadas. “Nós vamos criar uma Guarda Nacional e um Cadastro Nacional de criminosos”, exemplificou. Contra a tentativa da adversária Dilma Rousseff de demonizar as privatizações, Serra ressaltou que várias vezes o PT elogiou a venda de empresas das telecomunicações. Para o tucano, se não fosse o governo do PSDB, o Brasil ainda seria o “país dos orelhões”. O presidenciável lamentou a privatização para fins pessoais : “A privatização deles (governo atual) é diferente. Ocupam a empresa para ganhar dinheiro, é o esquema que a Erenice (Guerra, ex-ministra da Casa Civil) comandou em relação aos Correios. Eu vou fortalecer os Correios, a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal. Vou reestatizá-las”, disse.

via Propostas concretas e experiência favorecem Serra no debate da Band | Serra 45 Presidente do Brasil.

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