A Gol Linhas Aéreas, aquela do Nenê Constantino, está inventando regras para descumprir o contrato de transporte de seus passageiros. Foi o que aconteceu agora há pouco com meus dois filhos, João Gabriel e Rodrigo, que estão voltando frustrados para casa, no Rio de Janeiro, depois que um funcionário dessa empresa, que se identificou apenas como Roberto, decidiu arbitrariamente não embarcá-los.
João e Rodrigo viriam para Brasíla acompanhados da minha mulher, Adriana, que, embora não seja a mãe deles, foi ao Rio de Janeiro exclusivamente para buscá-los. Além dos bilhetes de passagem, todos os procedimentos para o embarque foram cumpridos. A mãe das crianças foi até o juizado de menores e obteve uma autorização de viagem, como determinam os artigos 83 a 85 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Eles se apresentaram para o embarque em tempo hábil, mas acabaram se deparando com a má vontade desse supervisor. O funcionário, que não conhece o que a legislação determina, disse que seria necessário reconhecer a firma da mãe das crianças na autorização expedida pelo juizado de menores.
Como a mãe deles estava presente no check-in, no aeroporto Santos Dummont, apresentou seus documentos pessoais originais. Minha mulher e ela tentaram argumentar que não havia nenhuma lei que impedia o embarque das crianças, mas o ditador do balcão foi irredutível.
Meus filhos, que têm 6 e 11 anos, estão inconsoláveis no saguão do aeroporto. A ignorância dos funcionários da Gol acabou de privá-los de um período de férias que vinha sendo há meses planejado. É um afronta acintosa.
Vou processar a companhia. Espero que o aborrecimento que estamos vivendo sirva como alerta para todos os que têm filhos que vivem em outras cidades. Antes de comprar um bilhete da Gol, pense duas vezes.