O ex-presidente Fernando Collor acaba de declarar que o movimento dos caras-pintadas foi “extremamente importante”. Disse que “foi a maneira que as pessoas encontraram de jogar para fora seus ressentimentos”.
E mais pau em FHC. Segundo ele, a votação da chamada Emenda da Reeleição, que deu a FHC seu segundo mandato, foi aprovada com a utilização de “técnicas pouco ortodoxas” que poderiam ter valido ao ex-presidente tucano o impeachment.
Perguntei se com o Congresso de hoje ele se livraria do impachment e quanto custaria. Ele tergiversa. Volta a falar da reeleição de FHC e dos métodos de “acariaciar os parlamentares com os donativos”, frisando que na época dele isso não aconteceu.
Sobre as práticas espúrias dos congressistas que a imprensa vem denunciando, ele diz que é fundamental para os deputados mostrarem serviço às bases eleitorais.
“Não dá para eu me colocar naquele momento”, diz, diante da insistência na pergunta. “Hoje, depois de tudo o que eu passei, entendo que a relação com o Congresso é fundamental para a governabilidade”.
Ele qualifica as relações de Lula com o Congresso como “absolutamente transparentes”.