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Mino Pedrosa: Demóstenes é piaba; peixes grandes estão no PT e no governo

Por Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlinhnos Cachoeira, no  Quid Novi

No dia 29 de fevereiro uma operação deflagrada pela Polícia Federal batizada de Monte Carlo levou para o presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Com ele, ficaram presos os segredos envolvendo políticos, empresários, funcionários públicos que sustentavam todo um esquema de corrupção.

Foi o Partido dos Trabalhadores que preparou a armadilha para flagrar Cachoeira e silenciar a oposição representada por Demóstenes Torres (DEM-GO) já que Aécio Neves (PSDB-MG) havia recuado por temer represálias. O tiro saiu pela culatra. A operação que se estendeu  por quatro Estados – Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul – fugiu do controle do Planalto e flagrou a ligação do PT e partidos da base aliada do Governo Dilma com o contraventor.

Carlinhos tem um verdadeiro arsenal que acumulou nos últimos 15 anos. Tímido, porém simpático, além de muito generoso, Cachoeira envolveu pessoas do alto escalão da República. O PT, que empurra a espada sobre Demóstenes Torres, começa a se preocupar com o quintal da sua casa. E para salvar a pátria, entra em cena, mais uma vez, o conceituado defensor e jurista Márcio Thomaz Bastos.

Foi no episódio de Valdomiro Diniz, assessor direto do então ministro da Casa Civil José Dirceu, que Valdomiro foi filmado pedindo propina para campanhas petista. Márcio Thomaz Bastos, na época ministro da Justiça, atuou fortemente para evitar o primeiro grande escândalo do Governo Lula.

Ali ficava clara a afinidade do PT com o jogo e a contravenção. Thomaz Bastos escalou rapidamente o advogado de plantão  Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para defender Valdomiro Diniz e silenciar Cachoeira evitando que o escândalo alcançasse e derrubasse o então chefe da Casa Civil e todo poderoso do Governo Lula José Dirceu.

Agora, mais uma vez, Thomaz Bastos é convocado, em caráter de urgência, para represar a enxurrada de denúncias que Cachoeira está prestes a soltar.

No cenário pintado por Cachoeira, Demóstenes não passa de uma piaba, ou melhor, um peixe pequeno, que o Ministério Público tenta sevar com denúncias inconsistentes para não ser obrigado a pescar os peixes grandes do PT e da base aliada do Governo.

Enquanto isso, em Mossoró, num calor de 43 graus, Carlinhos arde dentro da cela e prepara seu próximo torpedo em direção ao Planalto. São interlocutores das campanhas presidenciais do PT de Lula e Dilma, que receberam doações de Caixa 2 de Carlinhos que garante que registrou tudo.

via.

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