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Derrota de Ellen Gracie deixa ministra vulnerável no STF

Repercutiu mal no Supremo a derrota da candidatura da ministra Ellen Gracie para o mexicano Ricardo Ramirez na disputa pela vaga de árbitro da OMC.

A ministra era fortemente apoiada pelo Executivo. O Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chegou a afirmar dias atrás que esta era “a única candidatura que interessava à diplomacia brasileira neste momento”.

Alguns ministros acham que a permanência de Ellen Gracie no STF pode depreciar a importância institucional da suprema corte brasileira. “Seria o equivalente a dizer que temos um prêmio de consolação para quem achava que a outra instância era mais importante”, diz um deles. “Não podemos repetir o predente aberto com o (Francisco) Resek”.

Rezek foi nomeado ministro do Supremo em 1983. Renunciou em 1990, atendendo a um convite do então presidente Fernando Collor de Mello para assumir o Itamaraty. Dois anos e dois meses depois, foi novamente nomeado para o STF.

A próxima aposta do Ministério das Relações Exteriores também é de alto risco. O Brasil apoia a candidatura do ministro da cultura egípcio, Farouk Hosni, para a UNESCO. O egípcio é o mais polêmico dos postulantes porque já declarou que queimaria livros em Hebraico. Tem tudo para ser derrotado.

Apoiado por 20 países, o atual diretor da UNESCO, o brasileiro Márcio Barbosa, não terá sua candidatura patrocinada pelo Itamaraty.

Vai entender!

 

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