Andam tensas as relações entre a Comissão de Infraestrutura do Senado e a área ambiental do governo. Tudo começou quando o presidente do IBAMA, Roberto Messias Franco, se recusou a atender a um convite para depor sobre o atraso na liberação de licenciamentos ambientais para obras do PAC.
O próprio presidente Lula chegou a criticar a demora, muitas vezes justificada pela localização de uma espécie comum de bagre ou perereca.
Convidado, o presidente do IBAMA decidiu mandar um representante. O problema é que nem o representante compareceu à sessão.
Sentindo-se insultados com o descaso, os senadores decidiram aprovar um requerimento do presidente da comissão, Fernando Collor, e convocaram o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc.
Ministros têm o privilégio de decidir sobre a data do depoimento. Têm um mês de prazo para agendar o compromisso.
O curioso é que neste caso a data não parece ser um problema. A objeção do ministro Carlos Minc é quanto ao horário, oito e meia da manhã.
A assessoria de Collor diz que Minc não aceita chegar antes das 10 horas. E Collor não arreda pé do começo da manhã.
“Eles demoram até pra acordar”, diz um dos integrantes da comissão. “Se em três semanas não conseguiram um despertador para o ministro, que dirá dos prazos do licenciamento ? “, indaga a fonte.