Os dois menores envolvidos no terceiro manifesto contra a permanência do presidente do Senado, José Sarney, acabam de sair da Polícia Legislativa da Casa.
Eles foram liberados depois que os responsáveis passaram no local para buscá-los. Severino Marcelino de Moraes, pai de uma das jovens, elogiou a iniciativa da filha. “Me (sic) congratulo com minha filha. Ela é menor juridicamente, mas não politicamente”, afirmou.
Ele citou os tempos de militância, quando a população ia às ruas lutar pelos objetivos. “Participei de vários atos. Gritei um, dois, três, quatro, cinco, mil! Queremos eleger o presidente do Brasil! Agora que elegemos está tudo como está”. Para o farmacêutico e pai da garota, manifestações como a de hoje mostram que “Brasília tem que ser uma cidade política e não dos políticos”.
Os demais jovens detidos continuam na Polícia da Casa. Eles estão sendo identificados e fichados. Um deles é assessor de comunicação de um parlamentar da Câmara dos Deputados.
Para o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), o manifesto de hoje não era motivo para truculência por parte da segurança. “Mas o que não é possível é que haja um funcionário de gabinete. Temos que preservar a Casa. E isso não se faz em lugar nenhum”, ponderou.