PAULO PEIXOTO
Num depoimento de 2001, mas só agora divulgado, a presidente Dilma Rousseff relata detalhes sobre sua prisão aos 22 anos, ameaças e a tortura a que foi submetida na ditadura militar (1964-1985). Ela fala em medo, dor, choques, palmatórias e as marcas que ficaram disso tudo.
Entre as ameaças, cita uma encenação de fuzilamento e frases como “você vai ficar deformada”, “ninguém vai te querer”, “vai virar presunto”.
O relato foi feito ao Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais, num processo para que ela pudesse ser indenizada em R$ 30 mil pelo Estado. Parte do teor foi divulgado no domingo pelos jornais “Correio Braziliense” e “Estado de Minas”.
“O estresse é feroz, inimaginável. Descobri pela primeira vez que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando a minha pele tremeu”, diz ela.
Beba na fonte: Folha de S.Paulo – Poder – ‘Encarei a morte e a solidão’, diz Dilma – 22/06/2012.