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Advogado que defendeu Collor é encontrado morto junto com a mulher e a empregada na 113 Sul

Do Correio Braziliense

O advogado do ex-presidente Fernando Collor José Guilherme Villela, 73 anos, foi encontrado morto na noite desta segunda-feira (31/8), em seu apartamento no Bloco C da 113 Sul. Também foram encontrados os corpos de Maria Carvalho Villela, esposa do advogado, e da governanta Francisca Nascimento da Silva, que trabalhava há 32 anos para o casal. Policiais informaram que os corpos estavam cobertos de sangue e com marcas de facadas. 

José Guilherme e Maria foram golpeados na barriga e Francisca, nas costas. Os corpos do advogado e da empregada estavam perto da cozinha e o de Maria localizava-se junto ao closet do quarto de casal – único cômodo que apresentava sinais de ter sido remexido. A polícia encontrou, na cozinha, uma faca de 15cm que pode ter sido usada no crime. Policiais acreditam que o suspeito tenha fugido pela saída de serviço, já que a porta estava suja de sangue.

Uma irmã da governanta informou que conversou com Francisca por telefone por volta das 16h de sexta-feira. A polícia acredita que o crime tenha ocorrido entre 17h e 19h do mesmo dia, já que no apartamento foi encontrada a mesa pronta para um lanche.

Como os três não eram vistos desde sexta, uma neta do casal se dirigiu ao apartamento e chamou um chaveiro para abrir a porta. Ao se deparar com os corpos, acionou a polícia. Não havia marcas de arrombamento no local e os vizinhos disseram que não ouviram barulhos provenientes do apartamento de Villela. O porteiro do edifício afirmou que o condomínio possui câmeras de segurança no térreo e na garagem.

A delegada da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Martha Vargas, afirmou que alguns pertences de baixo valor sumiram do closet, o único local do apartamento que não estava intacto. Ela acredita que os corpos deveriam estar no local desde sexta-feira e que os bens podem ter sido levados para confundir os investigadores.

Nascido em Manhuaçu (MG), Villela tinha 73 anos e era formado em Direito pela Universidade de Minas Gerais. Foi, também, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 1980 e 1986. Ele era dono de um conceituado escritório de advocacia em Brasília e atuava em tribunais superiores. José Guilherme e Maria deixam dois filhos.

O advogado defendeu Collor durante o processo de impeachment do ex-presidente e foi incumbido de fazer a leitura da carta de renúncia de Collor durante a sessão do Senado que julgou o pedido de perda de mandato, em 29 de dezembro de 1992. Outro cliente famoso de Villela é o ex-governador Paulo Maluf. 

“Maldição” Collor

A morte de Villela é mais uma das tragédias que marcaram as pessoas que estiveram próximas ao ex-presidente Fernando Collor no período de seu impeachment. Entre os casos de família, está o do irmão de Collor, Pedro, que morreu em dezembro de 1994, com câncer no cérebro. A mãe do ex-presidente entrou em coma em setembro de 1992, logo após o escândalo envolvendo o filho, e morreu em fevereiro de 1995, com paralisia em vários órgãos. 

No círculo de amizades próxima a Collor, a mulher de Paulo César Farias, Elma, morreu em julho de 1994 em Brasília, vítima de edema pulmonar agudo e insuficiência cardíaca. O caso deixou dúvidas no ar, já que Elma gozava de perfeita saúde e seu corpo foi cremado no dia seguinte à sua morte.

Clique aqui para ler a íntegra da notícia no site do Correio Braziliense

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