JULIA DUAILIBI, FERNANDO GALLOO
Candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, usou a cota parlamentar de passagens aéreas enquanto deputado federal para levar a filha a Nova York e a mulher a Montevidéu. De acordo com relatório de passagens emitidas para o gabinete do ex-deputado entre 2008 e 2009, obtido pelo Estado, foram emitidos oito bilhetes de sua cota para familiares ou terceiros.
Para Russomanno, como na época não havia regra na Câmara dos Deputados que proibisse a emissão dos bilhetes, não houve irregularidade nem obrigatoriedade de ressarcir os cofres públicos. O candidato também destacou que devolveu R$ 272,2 mil em passagens aéreas a que tinha direito (leia texto abaixo).
Em novembro de 2007, foram emitidos dois bilhetes internacionais, de ida e volta, para Nova York em nome da filha do ex-deputado, Luara Russomanno. O valor de cada trecho foi de R$ 2.373. À época, a filha do candidato fora participar de um intercâmbio nos Estados Unidos.
Um ano depois, em outubro de 2008, foi emitido um bilhete para Montevidéu, no valor de R$ 1.281,14, dessa vez para a mulher de Russomanno, Lovani. O candidato foi integrante do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e, segundo a Câmara, viajou 12 vezes em missão oficial ao Uruguai participar de reuniões.
Também na cota do parlamentar, houve em 2008 a emissão de passagens domésticas para Porto Alegre, Chapecó e Brasília em nome de sua mulher.
A “farra das passagens”, conforme ficou conhecido o escândalo envolvendo a emissão de bilhetes aéreos pelos parlamentares para levar amigos, familiares e afins para o exterior, estourou em 2009 e envolveu 261 dos 513 deputados federais. O Ministério Público Federal abriu investigação sobre o caso, mas ainda não apresentou uma denúncia à Justiça.
Até então, a Câmara dos Deputados não tinha uma regulamentação específica sobre a emissão dos bilhetes. Depois de o caso se tornar público, a Casa editou o ato 43 de 2009, que estipulou critérios para a concessão de passagens aos parlamentares.
Agora, os deputados só podem emitir bilhetes para si mesmos ou, mediante autorização expressa da Mesa Diretora, para pessoas com vínculo trabalhista com a Câmara. Em novembro de 2009, acórdão do Tribunal de Contas da União pediu à Casa que tomasse as providências cabíveis para obter o ressarcimento das despesas irregulares.
Beba na fonte: Candidato usou verba pública com família – politica – versaoimpressa – Estadão.
3 comments
ÁUDIO COMPLETO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA, vejam um Senhor Coronel da P.M. afirmar que os presentes, a sociedade, as autoridades presentes, promotores, magistrados, delegados, policiais, cidadãos, “SÃO TODOS UM BANDO DE BOSTA!” “E quem deveria ser extinta não é a P.M. e sim o M.P., onde só tem um bando de incompetente!” (Segundo bradado por um dos comandantes milicianos presentes!)
Ouvirão ente policial civil, representando associação policial, defender a P.M., ao passo de que quando subiu no púlpito, foi olvacionado, por acreditarmos que defenderia a Polícia Civil e falaria dos policiais mortos, perseguidos, retaliados e vitimados, por investigarem e por atrapalharem conjunturas criminosas adversas!
Num contexto de presunção de onipotência, ouvirão P.M.s querendo oprimir e furar a fila por ordem de chegada para as exposições, ofendendo os presentes e a sociedade como um todo! Escarnecendo de princípios basilares sociais, dentre os quais, do respeito ao próximo.
Perceberão pelo áudio qual é a verdadeira faceta de cada um!
Parabéns aos Promotores, Procuradores, Defensores Públicos, Delegados e demais Autoridades presentes, que não se acovardam e que não se vendem por Politicalha!
Antes da sessão, por volta das 13:00 hs, ficaram estacionadas quase dez barcas das “Forjas Trájicas” do outro lado da calçada da Avenida Brigadeiro, junto com motos da Rocan, aí veio a Polícia Federal e botou os ensandecidos coxas pra correr, afinal, o que queriam junto a um prédio público da Federação!
Meus caros, vejam, se num bairro nobre, no Jardins, próximo à Avenida Paulista, de fronte a um prédio de Entidade Pública Federal, na frente do supermecado Extra, maus policiais adotam posturas desleais, deselegantes, opressivas, ofensivas, desnudando a verdade nua e crua, anti-democrática, imaginem o que não ocorre nos rincões, nas zonas periféricas, de baixa renda, “com os 3 Ps”, num contexto de higienização etnocida dos mais desfavorecidos? Em tese, à margem da sociedade demoniocrática!
Parabéns ao Desgovernador e o Secretino da SSP!
Assim, o Estado mais rico da Federação vai fundo! Pro fundo do poço ou da poça de merda!
http://download.anysend.com/download/download.php?key=70F34B6B66DF48B5A91D93C56E907824
http://download.anysend.com/download/download.php?key=06302AB480094465ACD7FAF3E35E34B0
Prezado Pannunzio,
Lima Barreto explica:
“Lima Barreto
Eu também sou candidato a deputado. Nada mais justo. Primeiro: eu não pretendo fazer coisa alguma pela pátria, pela família, pela humanidade.
Um deputado que quisesse fazer qualquer coisa dessas, ver-se-ia bambo, pois teria, certamente, os duzentos e tantos espíritos dos seus colegas contra ele.
Contra as suas idéias levantar-se-iam duas centenas de pessoas do mais profundo bom senso.
Assim, para poder fazer alguma coisa útil, não farei coisa alguma, a não ser receber o subsídio.
Eis aí em que vai consistir o máximo da minha ação parlamentar, caso o preclaro eleitorado sufrague o meu nome nas urnas.
Recebendo os três contos mensais, darei mais conforto à mulher e aos filhos, ficando mais generoso nas facadas aos amigos.
Desde que minha mulher e os meus filhos passem melhor de cama, mesa e roupas, a humanidade ganha. Ganha, porque, sendo eles parcelas da humanidade, a sua situação melhorando, essa melhoria reflete sobre o todo de que fazem parte.
Concordarão os nossos leitores e prováveis eleitores, que o meu propósito é lógico e as razões apontadas para justificar a minha candidatura são bastante ponderosas.
De resto, acresce que nada sei da história social, política e intelectual do país; que nada sei da sua geografia; que nada entendo de ciências sociais e próximas, para que o nobre eleitorado veja bem que vou dar um excelente deputado.
Há ainda um poderoso motivo, que, na minha consciência, pesa para dar este cansado passo de vir solicitar dos meus compatriotas atenção para o meu obscuro nome.
Ando mal vestido e tenho uma grande vocação para elegâncias.
O subsídio, meus senhores, viria dar-me elementos para realizar essa minha velha aspiração de emparelhar-me com a deschanelesca elegância do senhor Carlos Peixoto.
Confesso também que, quando passo pela Rua do Passeio e outras do Catete, alta noite, a minha modesta vagabundagem é atraída para certas casas cheias de luzes, com carros e automóveis à porta, janelas com cortinas ricas, de onde jorram gargalhadas femininas, mais ou menos falsas.
Um tal espetáculo é por demais tentador, para a minha imaginação; e, eu desejo ser deputado para gozar esse paraíso de Maomé sem passar pela algidez da sepultura.
Razões tão ponderosas e justas, creio, até agora, nenhum candidato apresentou, e espero da clarividência dos homens livres e orientados o sufrágio do meu humilde nome, para ocupar uma cadeira de deputado, por qualquer Estado, província, ou emirado, porque, nesse ponto, não faço questão alguma.
Às urnas.
Correio da Noite, Rio, 16-1-1915”
Fonte:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/lima-barreto/o-novo-manifesto.php
Mario.
“O novo manifesto” é o título do texto de L.B.