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Brasil nega que rearmamento servirá para conseguir assento em conselho da ONU

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, negou hoje que a política de rearmamento do país tenha por objetivo apoiar sua ambição de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

“Há uma estranha e deplorável coincidência entre os membros permanentes do Conselho de Segurança e as potências nucleares. Por isso defendemos sua expansão a países pacíficos, que não são militaristas, como é o caso do Brasil”, afirmou Amorim em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro.

O chanceler explicou que o Brasil precisa se rearmar já que tem “necessidades” de Defesa, justificadas pela grande extensão de seu território, por contar com uma área como a Amazônia que “frequentemente é fruto de especulações fora do país” e pela riqueza petrolífera recentemente descoberta no Atlântico.

Amorim disse que o Brasil agora não tem ameaças externas, mas considerou que a política de Defesa deve ser preparada com um prazo de 40 ou 50 anos.

Ele considerou que as circunstâncias poderiam mudar de “forma surpreendente” e previu que a defesa das enormes jazidas de petróleo no Atlântico, no horizonte geológico chamado pré-sal, poderia ser “fundamental” em uma disputa futura.

O ministro reiterou que ainda está aberta a licitação para comprar 36 caças de combate, na qual concorrem a americana Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault Aviation, com a qual o Brasil anunciou o aprofundamento das negociações esta semana, durante a visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a Brasília.

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