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O PT não cansa. Agora até Berzoini deu para postar bobagens na internet

Captura de Tela 2013-07-09 às 09.24.09O alvo da ala golpista do PT em sua sanha censória já está definido há algum tempo: a imprensa. O partido dos mensaleiros tem uma aversão declarada pela ‘mídia’que divulga seus malfeitos e desmascara suas reiteradas tentativas de golpear as instituições fundadoras da nossa democracia.

O esforço para demonizar o jornalismo não é pequeno. Vai das investidas em prol do restabelecimento da censura à calúnia desabrida dos sites que o governo paga para atacar a imprensa nas redes sociais. E não há apenas ‘drones’ alugados entre a militância cada vez mais rara para fazer a artilharia golpista. Até figurões da legenda agora dão-se ao desplante de engrossar a infantaria que pretende eliminar a liberdade de expressão do Brasil.

Veja-se o que fez Ricardo Berzoini, presidente do PT ao tempo do escândalo do Mensalão, em seu perfil no Facebook. Sem ter nenhum argumento melhor a oferecer a seus leitores, não se fez de rogado ao disseminar  a bobagem que reproduzo acima. O recorte, cheio de ‘mentiras factuais’, tenta explicar a aversão de alguns jornalistas ao PT por vínculos de parentesco, como se relações familiares pudessem justificar a aludida campanha contra a pobre cidadela petista.

Meu nome aparece na última linha. E a explicação para as críticas políticas que tenho feito na blogosfera é a de que eu sou sobrinho de um político tucano. Está incorreta: como já disse inúmeras vezes, sou primo em primeiro grau, e não sobrinho do prefeito de Sorocaba, Antônio Carlos Pannunzio.

É verdade, ele é meu primo. E daí ? Um primo com quem mantenho uma relação distante — aquela dos batizados, velórios e das visitas eventuais. Nunca tivemos uma conversa sequer sobre sua atuação política. Jamais, em tempo algum, lhe pedi qualquer coisa que fosse — uma informação sequer par meus posts no blog, um favorzinho, nada. E isso ocorre não apenas por minha vontade — é pela dele também. Meu primo é um sujeito decente, muito diferente da canalha que cerca Berzoini.Não tem uma mácula em seu passado. Nunca, em tempo algum, alguém lhe imputou qualquer atitude desonesta como as que grassam nas hostes do partido que Berzoini presidiu. A rigor, é um daqueles parentes que, pela honestidade como que toca sua vida pública, enche a família de orgulho por ter entre suas virtudes algo que os petistas desconhecem como valor republicano: é um cara muito sério.

A antipatia do PT pelo jornalismo é gêmea do Mensalão. Até 2005, a despeito da aversão à crítica manifesta de Lula, não se falava em eliminar o jornalismo, ninguém cogitava impor a mordaça do ‘controle social da mídia’ aos meios de comunicação. Meses antes, o recém-eleito presidente Luís Inácio Lula da Silva, ao ver proclamado o resultado de sua primeira eleição presidencial, deixou o povo esperando na Paulista e foi comemorar ao lado de William Bonner e Fátima Bernardes na bancada do Jornal Nacional.

Mas veio o Mensalão. E com ele, as críticas à roubalheira que nivelaram as prática petistas às de legendas estigmatizadas como o PFL, o PDS e congêneres que o PT parecia combater porque… Roubavam o povo. De estilingue, o partido, sob a condução de Berzoini, passou à condição de vidraça.

Veio a CONFECOM. Dela saiu a base formal da proposta que se transformou em obsessão entre certos petistas (como Berzoini): controlar a mídia. Controlar o que é dito. Controlar a mente dos jornalistas. Cercear a liberdade de crítica. Banir as manchetes que desnudam a gatunagem. Criar elementos para impedir que o público tome conhecimento dos vícios de seus governantes.

Cinicamente, o partido não tem coragem de defender em público o que trama na alcova. Diz que a tal “ley de medios” é para resolver problemas de natureza estrutural, como a propriedade cruzada dos meios de comunicação que atuam com concessionários do Estado. Fazem isso ao mesmo tempo em que movem uma campanha contra uma revista, a Veja, que nem isso é — e apenas uma empresa privada, que não depende de qualquer tipo de delegação para chegar às bancas toda semana.

A proposta de trazer de volta a censura a conteúdos jornalísticos está muitíssimo bem descrita a partir da página 188 do documento que resultou da CONFECOM (ele pode ser consultado integralmente aqui).  Diz o trecho relativo às medidas aprovadas pela plenária 712:

PL 712

Está claro ? “Entre suas atribuições deve constar a regulação de de conteúdo”. Mas ainda não é tudo. O PT e seus associados nesse ataque contra a liberdade de imprensa querem muito mais. Veja aqui o trecho relativo às recomendações aprovadas pela plenária 375:

PL 375

Código de ética para impor um “mecanismo de controle público e social visando a garantir a qualidade da informação veiculada” quer dizer exatamente o que ? Quer dizer que os petistas que forniram esse modelo querem impor aos jornalistas um código  para controlar conteúdos, é isso que diz o texto.  O nome disso é censura. Tudo mais é balela.

Imagine como seria o tal código de ética petista para o jornalismo. “É proibido denunciar o roubo praticado por petistas, que deve ser visto como uma virtude e uma necessidade para o aprimoramento da democracia”. “É proibido manifestar qualquer crítica a qualquer petista, com ou sem mandato, independentemente do delito que venha a praticar”. E por aí iria.

Felizmente, até agora as instituições têm reagido com vigor aos ataques censórios de Berzoini e seus companheiros. E as ruas, no momento, tratam de rechaçar a empreitada. Sem espaço para defender a volta do autoritarismo, resta ao ex-presidente do PT apelar para golpes como a disseminação de informações de péssima qualidade como a que está registrada na ilustração que abre este post, cujo objetivo é relegar à sordidez de relações familiares fajutas a responsabilidade pela atitude crítica de jornalistas que não se dobram a chiliques autoritários, ameaças institucionais nem ao dinheiro das estatais e ministérios.

 

 

 

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