Embora as empresas e os bancos hoje não estejam precisando de dólares, o presidente do BC destacou que o mecanismo automático criado no Brasil com as medidas anticrise dá segurança neste momento de saída da crise. O mecanismo permite às empresas recorrerem ao BC quando há necessidade. “É um mecanismo regulado pela demanda, pelo mercado. Se for necessário, estamos preparados para atender o exportador que quiser ir ao BC tomar empréstimo das reservas. As portas estão abertas”, disse. “É necessário que se mantenha o estímulo.” Segundo ele, hoje não há essa necessidade.
O BC, ao contrário, está comprando dólares do mercado, o que vem reforçando as reservas internacionais. “Estamos comprando, porque há uma oferta”, disse. Dos US$ 39 bilhões de dólares vendidos no mercado à vista ou emprestados às empresas, US$ 32,6 bilhões já foram recomprados pelo BC até 8 de setembro. O presidente do BC reafirmou que o governo não vai mexer nos depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos têm de depositar no BC). Durante a crise, o BC liberou R$ 100 bilhões em compulsórios para estimular a oferta de crédito, sobretudo aos bancos médios e pequenos.