O Comando da Aeronáutica ainda não conseguiu resolver como será a logísitca para a coleta dos destroços eventualmente resgatados do mar pelos navios mercantes que estão vasculhando a região do acidente. Formalmente, a confirmação de que o material avistado próximo ao arquipélago de São Pedro e São Paulo pertence ao Airbus da Air France só vai ser feita depois que não restar mais nenhuma dúvida hipotética.
Os militares que coordenam as buscas, embora já considerem impossível, ainda dizem oficialmente que a preocupação é com a localização de sobreviventes. Não há nenhum relato de que corpos, órgãos mutilados ou sobreviventes tenham sido avistados.
O grande problema consiste no transbordo do material que vier a ser recuperado pelos dois navios — um francês e outro holandês — que estão trabalhando na área do desastre. O primeiro navio da marinha que estará próximo ao local chegará ao meio-dia de amanhã. E o único equipado com um helicóptero, a fragata Constituição, está a quatro dias de distância.
Apesar disso, o vice-comandate do Centro de Comunicação Social da FAB, Cel. Jorge Amaral, acredita que será possível fazer a confirmação ainda hoje. Embora não tenha antecipado como, sabe-se que um avião Hércules C-130 com uma equipe de fotógrafos e cinegrafistas sobrevoou a região do desastre e está retornando neste momento a Natal. Não se sabe, no entanto, se essa aeronave conseguiu avistar restos da aeronave.