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Polêmica dos caças: A última cartada da Saab/Gripen

A empresa sueca Saab guarda uma última carta na manga para tentar fechar a venda de aviões para o Brasil, negócio avaliado em R$ 10 bilhões. A fabricante do Gripen aposta na força da opinião pública, há doze meses das eleições, para tentar azedar o pré-acordo do governo brasileiro com a Dassault, responsável pelo Rafale. O motivo é um só: os custos dos dois aviões.

Os suecos apostam que é impossível à Dassault reduzir significativamente o preço unitário do Rafale (US$ 140 milhões). Um suposto desconto de 40% teria sido oferecido pelo presidente francês Nicolas Sarkozy em carta confidencial ao presidente Lula, durante a visita do Sete de Setembro.

Mesmo que abaixe a proposta, os Rafale ainda ficariam distantes do Gripen, que custa US$ 70 milhões. Os suecos ainda devem reduzir esse valor na última rodada de ofertas anunciada pelo Ministério da Defesa. A Saab/Gripen aposta que a discrepância entre os preços do Rafale e do Gripen tornariam um acordo com os franceses insustentável para Lula, há 12 meses das eleições.

Sarkozy também teria prometido a Lula redução de 40% nos custos de manutenção do Rafale, que hoje custa US$ 16 mil por hora de voo. A manutenção do Gripen (US$ 4,5 mil por hora voo) e do F-18 Super Hornet, da fabricante Boeing, (US$ 10 mil) são significativamente mais baratas. O caça americano parece ser carta do baralho, porém, por limitações na transferência de tecnologia. Em especial, do código-fonte das aeronaves, o que permitiria à Aeronáutica equipá-las com armamentos de qualquer fabricante.

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