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Funcionário de Maciel que recebia dinheiro do Senado em nome do irmão preso continua trabalhando na Casa

O ex-sub-chefe de gabinete do senador Marco Maciel, que recebeu dinheiro da Casa em nome do irmão continua empregado no Senado. Sílvio Esteves trabalha atualmente como analista na sub-secretaria de anais e acumulou indevidamente uma quantia equivalente a R$ 219 mil.

Esse valor vem sendo pago ao Senado. Foi corrigido e é descontado diretamente da folha de pagamento do infrator.

A apropriação começou em 1991. Em abril daquele ano, Sílvio convenceu o senador a lotar em seu gabinete João Paulo Esteves. Meses depois, sob a alegação de que o irmão era dependente de álcool, informou que o funionário se tratava em uma clínica de reabilitação.

Mas em dezembro de 91, João acabou sendo preso por latrocínio, crime cometido em 1977.

Neste período, as justificativas para a ausência de João eram a de que o antigo servidor da gráfica se ausentava para realizar exames. Isso, inclusive, era confirmado com a apresentação de atestados médicos.

A notícia de que João era uma espécie de funcionário fantasma só veio em 1996, quando ele passou do regime fechado para o semi-aberto. Com a descoberta da infração cometida por Sílvio, que embolsava todo o salário, dois processos administrativos foram movidos pelo Senado. A pena, que num primeiro momento poderia acarretar na demissão do ex-sub-chefe  de gabinete, foi convertida em multa de 50% do salário e 90 dias de serviço.

Atualmente, o irmão de Sílvio, João, é aposentado por invalidez. Maria do Socorro Rodrigues, chefe de gabinete de Maciel à época, foi condenada a pagar multa e já se aposentou.

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Fábio Pannunzio

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