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A desonestidade intelectual de um tal Renato Rovai

Eu não conheço Renato Rovai, mas já ouvi falar dele. Ocasionalmente, um ou outro de seus textos publicitários cai na minha caixa-postal e sou obrigado a lê-lo. É puro lixo, geralmente em defesa de gente da qualidade de um Zé Dirceu ou outro congênere petista ao qual o publicitário presta serviços como locador de sua própria pena.

Renato Rovai é um desses baba-ovos da pior esquerda que enriqueceu falando bem de notórios curruptos. É o editor da Revista Fórum, site que, a despeito da parca audiência que ostenta, conseguiu amealhar R$ 1,7 milhão em verbas publicitárias federais nos áureos tempos dos governos petistas (leia aqui matéria do insuspeito Fernando Rodrigues sobre o achaque dos blogueiros petralhas aos cofres da União, entre eles esse Renato Rovai).

E por que perco meu tempo com uma figura dessa qualidade ?

Vou explicar. O publicitário Renato Rovai anda obcecado por mim. Só pode ser. Nos últimos dias, deu-se ao trabalho de escrever vários posts me atacando sorrateiramente. Estranhamente, isso passou a acontecer desde que entrevistei o vereador Fernando Holiday na Rádio Bandeirantes, no meu programa  Bastidores do Poder. Isso mesmo. O publicitário petralha, que enriqueceu defendendo Zé Dirceu, agora cede sua pena ao DEM de Fernando Holiday. Incrível metamorfose!

A entrevista em questão terminou mal. Critiquei severamente o vereador eleito pelo MBL por um deslize de natureza ética. Ele não escriturou o pagamento de cabos eleitorais contratados para fazer panfletagens. Apelando para o mesmo discurso de todo político convencional, tentou se justificar com uma lei esgarçada e berrou contra os que o contrariaram com críticas pertinentes. Mais do mesmo.

Rovai considerou minhas críticas um exemplo de péssimo jornalismo — como se ele tivesse moral para falar qualquer coisa a meu respeito. Ao contrário do que fizeram outros jornalistas de esquerda, ele não pegou o telefone, não me ligou, não questionou o por quê da minha postura na tal entrevista — não ouviu o outro lado, como manda o código de ética dos jornalistas. E sequer teve a hombridade de apontar em seu textículo um link para o texto do meu blog contra o qual assacava na sua página na internet.

Até aí, era um problema menor. Não se pode esperar de um publicitário que conheça os imperativos do código de ética dos jornalistas. Mas nem isso justifica o ataque que viria a seguir. Num triplo carpado retórico de incrível desonestidade intelectual, o publicitário petralha tentou me associar ao ataque disferido pelo vereador Camilo Cristófaro (PSB) à colega Isa Penna (PSOL).

Em seu blog no site da Revista Forum, o publicitário defecou: “(…) essa parte da cidade fascista que se realiza com as agressões de Fernando Holiday ao PT e a Juliana Cardoso e ao mesmo tempo se diverte com o escracho racista de Fábio Pannunzio ao mesmo Holiday, elegeu Cristófaro porque ele sabia xingar”.

Escracho racista ?

Só mesmo uma alma penada muito mal intencionada enxergaria um ‘escracho racista’ na crítica de um jornalista à postura equivocada de um político que se vale de dinheiro não contabilizado para realizar sua campanha. Só a mente celerada de alguém como esse Renato Rovai pode supor que a cor da pele seja um impeditivo para cobrança de compostura e ética na vida pública. Nem o próprio Holiday, nem nenhum de seus defensores, foi tão longe na buca de um argumento para tentar me desqualificar.

Além de mal intencionado, Renato Rovai é mal informado. Se não fosse, não teria escrito as bobagens que escreveu. O comportamento do vereador Cristófaro foi objeto de uma crítica contundente feita por mim no mesmo programa de rádio em que entrevistei o novo patrão do Rovai, o vereador democrata Fernando Holiday. Eu o chamei de celacanto, de fóssil vivo, retrógrado e outras coisas mais. Porque o comportamento desse parlamentar foi execrável sob todos os aspectos.

Escracho racista foi o silêncio sepulcral de Rovai sobre os destemperos verbais que valeram ao ídolo da turma dele, Paulo Henrique Amorim, duas condenações por injúria racial. Ele chamou meu amigo Heraldo Pereira de ‘negro de alma branca’. Pergunte a esse Rovai por que ele jamais escreveu uma frase sequer para criticar seu companheiro de trincheira, num dos episódios mais tristes e odientos que a tal imprensa progressista já produziu. Rovai não sabe, mas foi esse episódio que deu causa ao nascimento do Blog do Pannunzio em 2009.

Renato Rovai não vai me ensinar a fazer jornalismo, assim como eu não pretendo ensinar-lhe como fazer publicidade. Cada qual na sua seara, cada qual no seu quadrado. Mas seria bom que, antes de deitar a pena sobre o papel, certos escribas de aluguel passassem a apurar os fatos que embasarão seus vitupérios.

Xingar por xingar, não vale. Quem quer construir uma crítica verdadeira deve ser ater à verdade factual. ‘Pós-verdade’, fake news e mentiras clássicas podem até produzir muito calor, mas certamente não geraram nenhuma luz.

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