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Audiência pública marca três anos de tragédia com avião da Gol

A tragédia com o voo 1907 da Gol –que matou 154 pessoas em setembro de 2006– completa três anos na próxima terça-feira (29). Para marcar a data, as famílias das vítimas promovem no dia uma audiência pública em Brasília (DF), programada para ocorrer às 14h30 na Câmara Federal.

Segundo a Associação dos Parentes e Amigos das Vítimas do Voo 1907, o objetivo do evento é discutir e analisar o andamento das investigações sobre a queda do Boeing da Gol. A ideia também é cobrar agilidade nos dois processos criminais sobre o caso, que continuam em andamento na Justiça.

Foram convocados para participar da audiência o Ministério Público Federal em Mato Grosso –que em maio deste ano ofereceu nova denúncia contra os pilotos do jato Legacy, que colidiu com o avião da Gol; o chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), brigadeiro Jorge Kersul Filho; e o perito Roberto Peterka, responsável pelos dois laudos que apontava falhas dos pilotos Joe Lepore e Jan Paul Paladino, do Legacy; além do assistente de acusação Dante D’Aquino.

Em 2008, os pilotos do jato Legacy da empresa americana ExcelAire foram absolvidos pela Justiça brasileira. A Procuradoria e as famílias recorreram da decisão, que ainda depende de análise do TRF (Tribunal Regional Federal) em Brasília.

“É com o coração angustiado que esperamos que nosso recurso seja aceito e os pilotos voltem a responder na justiça de Sinop (MT) por todos os seus crimes”, afirmou na ocasião Rosane Guthjar, viúva de uma das vítimas. Rosane também deverá acompanhar a audiência.

Acidente

O Boeing da Gol que fazia o voo 1907 ia de Manaus (AM) para o Rio com previsão de fazer uma escala em Brasília (DF). Ao sobrevoar a região Norte do país ele bateu em o Legacy da empresa de taxi aéreo americana ExcelAire.

Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT). Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA).

O acidente expôs a fragilidade do controle aéreo brasileiro. O assunto deflagrou ainda aberturas de CPI’s (Comissões Parlamentares de Inquéritos) e investigações da Polícia Federal e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

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