O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra credita a retirada de 45 nomes de deputados federais que assinaram requerimento de instalação da CPMI do MST à ajuda da sociedade na questão. “O apoio da sociedade brasileira e a solidariedade internacional foram fundamentais para inviabilizar a criação de uma CPI para fazer perseguição política ao nosso movimento”, afirmou a integrante da coordenação nacional do MST, Marina dos Santos. Segundo ela, entidades, professores, juristas, escritores e artistas atuaram no resultado de hoje.
Com a debandada dos parlamentares, o pedido de criação da comissão foi arquivado. Os 36 senadores favoráveis à instalação mantiveram os nomes na lista, encabeçada pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia abreu (DEM-TO). “Vamos continuar a luta pela atualização dos índices de produtividade, que estão defasados desde 1975. Precisamos de medidas concretas para enfrentar a concentração de terras, que está aumentando no país”, disse Marina em nota ao anunciar que o MST tinha denunciado que a instalação da CPI era uma represália às lutas pela revisão dos índices de produtividade.
Técnicos da Secretaria Geral do Congresso fizeram a contagem dos nomes de parlamentares e confirmaram que apenas 168 políticos da Câmara e do Senado mantiveram o apoio à comissão. Para instalá-la, era preciso que 171 parlamentares tivessem assinado o requerimento.