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Parlamentares criticam Suplicy por brincadeira com cueca vermelha no Congresso

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) virou alvo de críticas de deputados e senadores por ter desfilado pelos corredores do Senado trajando uma cueca vermelha por cima do terno na última quarta-feira. Na avaliação de parlamentares, o ato do petista é “censurável” e prejudica a imagem do Congresso.

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o episódio representa quebra de decoro parlamentar. Maia disse, no entanto, que o partido não vai tomar nenhuma medida contra Suplicy. “Avacalhar o Senado para ter visibilidade em um programa de televisão não é aceitável. Isso só prejudica a imagem do Congresso e favorece às críticas ao Parlamento”, disse.

Na avaliação do líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), o fato constrange os políticos. “Foi uma atitude pouco recomendada para qualquer senador. Acho que foi um episódio descartável e principalmente censurável, mas não a ponto de justificar a perda de um mandato, até pela história que o senador Suplicy tem no Senado”, afirmou.

Uma cena semelhante à protagonizada por Suplicy ocorreu em 1946 e acabou com a cassação do mandato do deputado Edmundo Barreto Pinto. Ele se deixou fotografar por Jean Manzon para reportagem na revista “O Cruzeiro” vestindo apenas um fraque e uma cueca samba-canção. Apesar de alegar ter sido enganado por jornalistas, perdeu o mandato por falta de decoro parlamentar.

Suplicy disse que não teme desgaste pela cena e afirmou que atendeu a um pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa “Pânico na TV”, da RedeTV!. A ideia, segundo o petista, era que ele ficasse parecido com o personagem do Super-Homem. A gravação deve ser exibida no próximo domingo.

O senador disse que a cena não passou de uma “brincadeira”. Segundo o petista, a apresentadora estava em busca de senadores super-heróis.

“Ela [Sabrina] me procurou perguntando se no Senado existiam super-heróis. Eu disse que nesta Casa há muitos senadores batalhadores que lutam por causas enobrecedoras e lembrei que eu sou o autor do projeto que deu origem à lei da renda básica de cidadania. Ela disse que tinha um presente para me dar e me ajudou a colocar a sunga”, disse.

Suplicy disse que não teme nenhum problema por causa do episódio. “Foi uma brincadeira. Não ofendi ninguém. Não acredito que tenha sido uma quebra de decoro parlamentar”, afirmou.

Polêmicas

Nos últimos meses, o senador chamou atenção por se envolver em situações polêmicas. Depois de cobrar a saída de Sarney da presidência da Casa, Suplicy foi ao plenário cantar trechos da música “Father and Son”, do cantor britânico Cat Stevens, que fala sobre a relação entre pais e filhos –numa homenagem ao Dia dos Pais, comemorado em agosto.

Em outro momento provocou tumulto na sessão para protestar contra o arquivamento das acusações contra o peemedebista no Conselho de Ética. O petista levantou um cartão vermelho, o que provocou um bate-boca com o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Os dois ficaram em uma sucessiva troca de acusações.

A confusão teve início depois que Fortes ironizou o cartão vermelho apresentado por Suplicy a Sarney, o que levou o petista a também apontar o cartão para o senador do DEM.

O cartão vermelho de Suplicy virou motivo de brincadeira entre os senadores e chegou a provocar uma resposta de Sarney, que ironizou o fato dizendo que seu cartão é o branco da paz.

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