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Parlamentares não conseguem emplacar protesto contra Ahmadinejad

A visita do presidente iraniano Mahmoud Armadinejad prometia ser marcada por inúmeros protestos em Brasília. Civis e políticos brasileiros ameaçaram mostrar que eram completamente contrários à vinda do iraniano ao país.

Mas apenas alguns poucos realmente se manifestaram. Durante o dia, uma pequena massa se concentrou na frente do Itamaraty para demonstrar a insatisfação. De nada adiantou.

No Congresso Nacional, era melhor que nada tivesse acontecido. Tímidos, os deputados Marcelo Itagiba e Zenaldo Coutinho foram os únicos a abrir uma faixa branca com os dizeres em vermelho: “Holocausto nunca mais”.

Eles esperaram a chegada de Ahmadinejad pela rampa do Congresso para abrir o adereço. Confusos, conseguiram se embananar até de fato abrirem a faixa. Na falta de jeito, chamaram a atenção da imprensa, que filmou e relatou cada segundo do pequeno protesto.

O apitaço programado, virou um tímido sopro duplo, que cessou em pouquíssimo tempo. Sobrou assim, a saída de fininho do cenário e a abertura de espaço para o político convidado passar.

Em encontro com alguns parlamentares das duas Casas, Ahmadinejad ouviu principalmente conselhos dos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

“Queremos ressaltar que nós esperamos que o Brasil possa contribuir para que também seja encontrado o que todo mundo deseja: uma área sem conflitos”, afirmou Sarney ao iraniano ao dizer que o Brasil é um país extremamente pacífico e que, por aqui, os conflitos são resolvidos na base do diálogo e sem violência. “Assim, acho que a melhor notícia seria a do fim do conflito entre árabes e judeus, duas nações profundamente sofridas”.

Sarney ainda disse esperar a criação de um novo estado que abrigue os povos da região citada.  “Esperamos que aquela região possa encontrar condições de resolver o conflito de forma que se estabeleça uma área de paz entre os povos daquela região. Esperamos ver a criação do Estado da Palestina e que possa abrigar esse povo”.

Para Michel Temer, a paz tão esperada poderá ser seguida através do exemplo brasileiro. “Aqui no Brasil convivem na harmonia todas as raças e todas as crenças religiosas. Fico satisfeito em dizer que existe diplomacia entre os parlamentos brasileiro e iraniano, já que, em 2006, recebemos a visita do presidente do parlamento iraniano acompanhado de ampla comitiva”.

A visita de Ahmadinejad também foi seguida pelos discursos de parlamentares como Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

Do Congresso, o iraniano saiu para terminar de cumprir a extensa agenda que se estende aqui em Brasília até o fim da noite desta segunda-feira.

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