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Procuradoria diz que operação tenta provas de desvios de recursos no DF

Gabriela Guerreiro, da Folha Online.

 

Em nota oficial, a PGR (Procuradoria Geral da República) confirma que as ações de busca e apreensão realizadas pela Polícia Federal nesta sexta-feira para apurar supostas irregularidades no GDF (Governo do Distrito Federal) têm como objetivo localizar provas da participação de agentes políticos, servidores e empresários suspeitos de desviar recursos públicos para benefício próprio.

Segundo a PGR, as ações também pretendem identificar a natureza do vínculo entre os participantes do esquema de desvio de dinheiro –que teria o suposto envolvimento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).

A PF cumpriu hoje mandados de busca e apreensão em 24 endereços de Brasília e Belo Horizonte para obter provas que identifiquem as irregularidades.

Em despacho, o ministro Fernando Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), afirma haver indícios de que o governador do Distrito Federal teria recebido R$ 600 mil de empresas de informática para repassá-los a parlamentares da base aliada do DEM no DF.

Também estariam envolvidos no esquema secretários do governo Arruda, assim como deputados da Câmara Legislativa do DF. Há a suspeita de que quatro empresas de informática repassavam os recursos ao GDF para o “pagamento” da base aliada de Arruda.

Segundo a PGR, o cumprimento das buscas e apreensões pela Polícia Federal foi acompanhado e fiscalizado por membros do Ministério Público, por determinação do STJ, “visando à garantia de direitos subjetivos, a utilidade e necessidade da prova apreendida para a instrução do inquérito”.

Na operação, a PF apreendeu R$ 700 mil em dinheiro nos 24 endereços onde foram realizadas ações de busca e apreensão. A Polícia Federal mantém em sigilo os nomes das autoridades que estariam em poder do dinheiro, supostamente repassado por empresas de informática a autoridades do DF, para o pagamento de uma espécie de “mensalinho” à base aliada.

Segundo a PF, além do dinheiro, os 150 agentes que participaram da operação também apreenderam documentos e computadores. Os recursos serão depositados em conta judicial do governo, na Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil, onde ficam bloqueados até o final das investigações.

 

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