Márcio Falcão, da Folha Online.
A juíza Júnia de Souza Antunes deu até as 17h desta segunda-feira para os manifestantes desocuparem Câmara Legislativa do Distrito Federal. Após esse horário, a Polícia Militar foi autorizada a cumprir a decisão de reintegração de posse.
De acordo com a segurança da Câmara Legislativa, os manifestantes serão retirados do local à força. Os manifestantes, por sua vez, prometem resistir e permanecer no local em protesto contra a permanência de José Roberto Arruda (DEM) no governo do Distrito Federal. Ele é suspeito de participação em um esquema de corrupção.
Representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tentam convencer os estudantes a encerrarem a ocupação com o argumento de que decisão judicial precisa ser cumprida.
Na sexta-feira, dois oficiais de Justiça foram até a Câmara para tentar negociar com os manifestantes a desocupação do plenário da Casa. Mas eles decidiram ignorar a decisão judicial.
O pedido de reintegração foi feito pelo presidente em exercício da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício (PT).
Os manifestantes dizem que manterão o acampamento até a Câmara colocar em votação os processos de impeachment contra Arruda.
“Não tem previsão de saída porque a ocupação é uma forma de pressionar os distritais a analisarem o impeachment do governador arruda. Não queremos atrapalhar ou parar os trabalhos da casa, mas não podemos fingir que nada está acontecendo com o comando do DF”, disse a porta-voz do movimento, Lorena Fernandes.