Ana Paula Schinocca
O Ministério Público de São Paulo teve acesso, pela primeira vez, a registros de transações bancárias realizadas pela Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) entre 2001 e 2008. Essas movimentações teriam como destino o caixa das campanhas eleitorais do Partidos dos Trabalhadores (PT), segundo reportagem da revista Veja que chegou hoje às bancas.
O MP investiga há quase três anos a Bancoop, que surgiu com a promessa de entregar imóveis com custos abaixo do mercado. De acordo com a revista, pelo menos 400 famílias movem processo contra a cooperativa. Muitas delas estão até hoje sem receber seus imóveis e outras alegam, na Justiça, dificuldade de continuidade de pagamento das parcelas em função de reajustes considerados acima do valor de mercado.
A investigação do MP, diz a revista, revela que saques em dinheiro feitos por meio de cheques emitidos pela Bancoop, para ela mesma ou seu banco, chegavam a R$ 31 milhões. Os recursos teriam sido usados para financiar, inclusive, a campanha de 2002 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na última sexta, o promotor José Carlos Blat pediu à Justiça o bloqueio das contas da Bancoop. Além disso, solicitou a quebra do sigilo bancário do ex-diretor financeiro e ex-presidente da cooperativa, João Vaccari Neto. Ele é apontado como principal responsável pelo esquema de desvio de dinheiro da Bancoop. Recentemente, Vaccari Neto foi nomeado tesoureiro do PT. Entre suas novas atribuições, está a de cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.
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