Você conhece algum outro país do mundo que tenha uma mulher na condição de “primeira-dama afastada”? Que vai levar marmita para o marido preso e saia de lá dizendo que “é normal” receber propina, uma vez que “na política todo mundo recebe”, com a maior cara lavada ?
Deve haver algum outro lugar onde um candidato inaugura maquete depois que outro inaugura uma obra que não lhe pertence. E ambos acham isso a coisa mais natural do mundo.
Para empatar com o Brasil, o maior partido político, depois de estrelar (foi sem querer!) o pior escândalo da história — o Mensalão do PT — teria que reconduzir um quadro imoral e enrolado como Zé Dirceu às suas instâncias dirigentes e à coordenação da campanha presidencial em curso. E nomear outro enrolado — um tal de Vaccari, que desviou milhões de Reais de uma cooperativa habitacional — para tomar conta da contabilidade do galinheiro.
O íncone dessa forma estranha de democracia teria que apoiar explicitamente os piores facínoras contemporâneos — Ahmadinejad, a dinastia Castro, o neo-frascita Hugo Chavez – e, ao mesmo tempo, condenar à condição de “criminosos” os presos políticos da ditadura cubana.
Um país engraçado como o nosso teria que ter uma disposição redobrada para rifar o bom conceito de que a nossa diplomacia gozava num passado distante com atitudes estapafúrdias como a intervenção vexatória em problemas internos de um país como Honduras para defender um corrupto estigmatizado como Zelaya e seus 200 asseclas.
Teria que ter uma oposição digna do governo do qual diverge. Uma oposição que opera esquemas de arrecadação criminosa forjados na escola de um Delúblio, um Genoíno, um Marcos Valério, para constituir seu próprio Mensalão.
Agora só faltava mesmo essa: dar uma comenda de Guaridão não sei de quê para o parlamentar estadual mais processado judicialmente.
É um País engraçado esse Brasil. Pior é que isso não tem graça nenhuma.