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Cristovam admite possibilidade de concorrer ao Palácio do Buriti caso Roriz seja candidato

Leilane Menezes

O senador Cristovam Buarque (PDT) admitiu ontem, pela primeira vez, a possibilidade de concorrer ao cargo de governador do Distrito Federal nas próximas eleições. O anúncio ocorreu durante a segunda reunião dos líderes de sete partidos políticos que pretendem formar uma chapa única para o Palácio do Buriti, Câmara Legislativa, Senado e Câmara dos Deputados. No encontro, em uma mansão no Lago Sul onde funciona o diretório regional do PRB, Cristovam afirmou que o principal cenário para favorecer a sua candidatura seria a presença de Joaquim Roriz entre os oponentes. A coligação dos sete partidos é declaradamente uma união de forças contra a volta do ex-governador Roriz ao poder.

Caso a unidade almejada pela chapa não seja alcançada, o nome de Cristovam sai ainda mais fortalecido. “Se as forças de esquerda não se unirem e chegarem a apenas um candidato, terei de disputar. Se Roriz se candidatar, creio que deveríamos usar o meu nome. Não quero interromper meu trabalho no Senado, mas não vou virar as costas para Brasília em um momento como este”, justificou o senador. “Por outro lado, penso que Brasília precisa de renovação. Acredito que seria melhor encontrarmos um novo nome”, completou.

O consenso entre os partidos, porém, parece estar longe de ser alcançado. O PCdoB vai lançar a pré-candidatura do advogado Messias de Souza ao Buriti, na sexta-feira. Messias atuou como secretário na gestão de Cristovam e trabalha no Ministério da Fazenda. “Enquanto não chegarmos a uma conclusão, cada um vai apresentar as opções que tem”, explicou o presidente do PCdoB, Augusto Madeira. Os nomes de Rodrigo Rollemberg (PSB), José Reguffe (PDT) e Ezequiel Nascimento (PDT) também foram citados durante o encontro como possíveis tentativas de sucessores de Arruda. A composição da chapa deve ser definida até junho.

No encontro de ontem, participaram também os presidentes do PSB, PMDB, PV, PPS e PRB. Os partidos estabeleceram metas para socorrer o Distrito Federal na atual crise política (veja quadro ao lado). Entre as propostas, está o envio de uma ação direta de insconstitucionalidade (Adin) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei Orgânica do DF. A ideia é seguir a Constituição e convocar eleição indireta, na qual a Câmara Legislativa elege um novo governador, em caso de renúncia ou impeachment de José Roberto Arruda (sem partido). “No texto, vamos pedir que não seja alguém da Câmara Legislativa, mas sim uma pessoa com perfil de interventor”, disse Cristovam Buarque.

Clique aqui para ler a íntegra no site do Correio

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