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Crise no Judiciário antecipa a aposentadoria de mais um desembargador em MT

Sabrina Gahyva e Marcos Coutinho, do site Olhar Direto

O ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Paulo Inácio Dias Lessa, requereu nesta quinta-feira (11) sua aposentadoria por tempo de  serviço, segundo informaram fontes da cúpula do Poder Judiciário mato-grossense
para o Olhar Direto.

Lessa, ao lado do desembarador Orlando de Almeida Perri, foi um dos responsáveis pela denúncia que resultou no afastamento de 10 magistrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na maior crise institucional da história do Judiciário de Mato Grosso. O grupo dos 10 também denunciou a dupla por contratação de uma auditoria (a Velloso & Bertolini) sem licitação e sob alegação de que a empresa seria “fantasma”.

O pedido de aposentadoria de Lessa foi acatado ad referendun pelo desembargador Paulo da Cunha (vice-presidente do TJMT), que presidiu temporariamente o Tribunal de Justiça após o afastamento do ex-presidente Mariano Alonso Travassos, um dos 10 magistrados julgados pelo CNJ.

Nos bastidores do TJ, as informações dão conta que Lessa estaria com problemas de saúde. Procurado pela reportagem do Olhar Direto, o magistrado não retormou às ligações. Amanhã pela manhã, segundo as mesmas fontes, ele deverá conceder uma entrevista coletiva para explicar seu pedido.

O TJ e a Justiça de Mato Grosso, incluindo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), vive um momento crítico, sobretudo por conta do afastamento de magistrados e por denúncias de esquemas de venda de sentenças em ambas as cortes judiciais. Logicamente, as denúncias são graves e caberá ao próprio TJ passar a limpo os fatos, que estão sendo apurados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Ministério Público Federal (MPF).

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