‘Super Cemig’ avança e tenta aquisição de R$ 3 bilhões
A estatal mineira Cemig está a um passo de fechar mais uma aquisição – a terceira em menos de um ano – que vai transformá-la na segunda maior transmissora de energia elétrica do país, atrás apenas da Eletrobrás. O Valor apurou que a empresa está em processo avançado de negociação para comprar cerca de 6.000 quilômetros de linhas de transmissão no país de três empresas espanholas, reunidas em sociedade na Plena Transmissoras, um ativo de R$ 3 bilhões.
Efetivada a compra, a Cemig passará a ter 13.445 quilômetros de linhas sob seu controle e ultrapassará a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), que opera 12.271 quilômetros. No ano passado, a Cemig comprou o controle da Terna Participações, que tinha quase 4 mil quilômetros de linhas, por R$ 2,33 bilhões. Além disso, ampliou sua fatia na Light ao adquirir as participações da Andrade Gutierrez e da Equatorial, por R$ 1,6 bilhão. “A super Cemig está a caminho”, diz o Banco Santander em um relatório privado feito para investidores. (págs. 1 e B6)
Foto legenda: Missionário sueco
Sven Antonsson, da Scania, sobreviveu à hiperinflação no Brasil e na Argentina e agora está diante da decisão de investir para aumentar a capacidade de produção no Brasil. (págs. 1 e B12)
Camargo quer transposição no Mar Morto
A Camargo Corrêa, que integra a comitiva do presidente Lula a Israel, Palestina e Jordânia, tentará convencer os governos locais a apoiar um projeto de transposição de águas do Mediterrâneo ao Mar Morto, para garantir abastecimento de água e energia na região. “O Brasil é o único país e Lula o único presidente capaz de andar bem nos três países”, disse Fernando Botelho, um dos principais acionistas da Camargo, autor da proposta. O projeto, de até US$ 5 bilhões, incluiria uma hidrelétrica, aproveitando o desnível entre os dois mares. (págs. 1 e B6)
Aécio fortaleceu máquina pública
O governo que Aécio Neves entrega ao seu vice Antonio Anastasia daqui a 15 dias fortaleceu as estatais, não reduziu a máquina pública, mas foi capaz de alcançar bons resultados fiscais. Os principais investimentos foram em obras viárias.
Em campanha no Triângulo Mineiro pelo sucessor, Aécio encontrou tanto prefeitos frustrados com sua exclusão da disputa presidencial quanto queixosos dos atrasos nas obras do PAC no Estado. (págs. 1 e A16)
Tiba já tem 320 mil ha no Cerrado
Discretamente, um grupo de produtores rurais e investidores, por meio da empresa de aquisições de propriedades rurais, a Tiba Agro, já têm 320 mil hectares de terras no Cerrado. O projeto surgiu de uma gestora de recursos, a Vision Brazil Investments, que levantou US$ 300 milhões via fundos de private equity, com cotistas americanos e europeus que passaram a ter 45% da companhia. Também se juntaram dois produtores rurais, os irmãos Francioni, da Bahia, e o grupo Golin, do Centro-Oeste. (págs. 1 e B16)
Para empresários, política industrial não atingiu objetivos (págs. 1 e A4)
Novo bacharelado
Criados há quatro anos, os bacharelados interdisciplinares se espalharam por oito universidades federais e já foram escolhidos por 12 mil estudantes. (págs. 1 e A6)
Corrida à superbanda larga
Pequenas cidades dos EUA iniciaram uma “guerra” para atrair a atenção do Google, que vai oferecer serviço de banda larga ultrarrápida a um pequeno número de localidades. As prefeituras podem se inscrever até dia 26. (págs. 1 e B2)
TI dos esportes
Nos últimos três anos, a Finep destinou R$ 10 milhões (não reembolsáveis) a projetos na área de tecnologia esportiva. Com a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, os recursos poderão chegar a R$ 3 bilhões. (págs. 1 e B3)
Expansão da Kroton
A mineira Kroton, controlada pelo fundo americano Advent, comprou a universidade Iuni, do Mato Grosso, por R$ 422 milhões, em dinheiro ações e assunção de dívida. (págs. 1 e B5)
Cotações do açúcar recuam
Depois de superar os 30 centavos de dólar por libra-peso, as cotações do açúcar iniciaram uma forte trajetória de queda na bolsa de Nova York. E a tendência é baixista para o segundo semestre. (págs. 1 e B15)
Venda do IRB
O governo acerta os detalhes finais para venda do controle do IRB ao Banco do Brasil, que ficará com 30% a 35% do capital da resseguradora, um negócio estimado entre R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões. (págs. 1 e C1)
BEI fará empréstimo em reais
O Banco Europeu de Investimento (BEI) já tem € 1 bilhão destinado a empréstimos no Brasil em 2010. Parte dos recursos será repassada, pela primeira vez, em reais, diz Carlos Da Silva Costa. (págs. 1 e C2)
Taxação sueca vira modelo
A Suécia já está taxando os bancos para prover um fundo destinado a futuros socorros ao sistema financeiro. O modelo está sendo analisado para adoção de medida semelhante em outros países. (págs. 1 e C12)
Novos balanços
Oito empresas já publicaram seus balanços de 2009 conforme as novas normas internacionais de contabilidade – que serão obrigatórias para os números fechados de 2010. O patrimônio líquido e o lucro sobem na maior parte dos casos. (págs. 1 e D1)
Esforço concentrado
Para driblar os conflitos culturais e apresentar os novos produtos aos gerentes do Real, o Santander intensifica os treinamentos na reta final da fusão. Alguns gestores chegam a passar até 30% do expediente em cursos. (págs. 1 e D12)
Ideias
Luiz Carlos Mendonça de Barros: país tem combinação eficaz de proteção tarifária e defesa do consumidor. (págs. 1 e A15)
Ideias
Sergio Leo: nem Cuba nem Irã são impedimentos para o esforço de parceria entre EUA e Brasil no continente. (págs. 1 e A2)